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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Queimaduras de sol


As queimaduras de sol, medicamente conhecidas como eritemas solares, são queimaduras (1) superficiais ou (2) superficiais de profundidade parcial, ditas também inflamações agudas da pele. A maioria delas não é severa, mas é importante evitá-las, pois elas aumentam os riscos de câncer de pele, problemas de visão e envelhecimento precoce da pele. Em casos extremos ou complicados, podem exigir assistência médica.

As queimaduras de sol ocorrem geralmente em crianças e em pessoas de pele ou cabelo claro que ficam muito tempo expostas ao sol. Nos dias nublados, também é possível ter-se uma queimadura de sol porque os raios ultravioletas responsáveis por causá-las são capazes de atravessar as nuvens.

Estar em montanhas ou praias e usar certos medicamentos também aumenta a chance de queimadura solar. A maior reflexão dos raios ultravioletas na areia, na água e na neve aumenta em até 30% a sua intensidade normal, ampliando dessa maneira os riscos de queimaduras, por isso a atenção deve ser redobrada nessas situações. Como essa condição deve-se aos raios ultravioletas, não apenas ao sol, uma queimadura semelhante também pode ocorrer em câmaras de bronzeamento.

O processo fisiológico subjacente à queimadura de sol é, na verdade, de natureza inflamatória. Parece que os raios solares modificam o DNA em uma pequena molécula dos queratinócitos (células da camada superficial da pele que fabricam a queratina), a qual desencadeia o mecanismo inflamatório.

A pele possui uma proteção natural contra os raios do sol, a melanina, um pigmento que determina a coloração mais clara ou mais escura da pele. Por isso, as peles claras são mais sujeitas às queimaduras. De início haverá vermelhidão, dor, ardência e/ou coceira e, posteriormente, descamação. Em casos graves, a dor pode ser mais intensa e podem ocorrer inchaço, formação de bolhas e sintomas de insolação, como febre, dor de cabeça, fadiga, náuseas, vômitos, confusão mental, visão embaçada e desmaios.

O diagnóstico é feito pela correlação entre os sinais e sintomas típicos e o relato de exposição ao sol ou a outra fonte de raios ultravioletas.

Os casos mais simples de queimadura de sol podem ser tratados pela própria pessoa ou pelo seu cuidador, se for uma criança; com um analgésico comum, cremes ou loções hidratantes à base de hidrocortisona e outros anti-inflamatórios, se necessário, além da ingestão de bastante água.

Compressas frias podem ajudar a aliviar a sensação de queimação na pele. Evite o gelo, porque a diferença de temperatura é muito grande e pode levar a um ferimento ainda pior na pele. Em casos de bolhas contendo líquidos, não as perfure, para evitar contaminações. A pele sobre a bolha funciona como uma camada de proteção, por isso também não deve ser rompida. Com algum tempo elas serão reabsorvidas naturalmente pelo organismo.

Antes de se expor ao sol, use abundantemente um protetor solar, reaplicando-o a cada duas horas.

Entre os remédios caseiros, o amido de milho (Maisena) pode ser utilizado em pó ou misturado com água fria, para evitar atritos com a cama. O vinagre, iogurte, água com limão e mostarda, outros remédios caseiros popularmente difundidos, não são recomendáveis porque podem piorar o quadro, principalmente se houver nova exposição ao sol.

Loções pós-sol à base de Cloridrato de Difenidramina podem ajudar no alívio dos sintomas.

Só os casos graves ou com contaminações infecciosas exigem intervenção médica.

A vermelhidão, dor, ardência e/ou coceira se iniciam de 3 a 5 horas após a exposição ao sol e pioram nas primeiras 12 a 24 horas, geralmente durando 2 ou 3 dias.

Em seguida, virá a descamação da camada superficial da pele. A pessoa deve ficar longe de uma nova exposição ao sol até a completa recuperação das lesões.

Como prevenir as queimaduras de sol e seus efeitos?

Algumas providências simples podem ajudar a evitar as queimaduras de sol e seus efeitos:

•Evite a exposição exagerada ao sol.

•Evite o sol entre 10 horas da manhã e 4 horas da tarde.

•Utilize sempre protetor solar e labial a cada 2 ou 3 horas.

•Use boné ou chapéu e óculos escuros.

•Fique ao abrigo das sombras.

•Evite usar cosméticos, perfumes ou outros medicamentos, inclusive remédios, quando for se expor ao sol.

•Quando a pele estiver descamando, não puxe, deixe que ela se solte naturalmente.

•Não fure as eventuais bolhas cheias de líquidos que se formaram.

A longo prazo, a exposição solar pode fazer desenvolver câncer de pele, além de causar um envelhecimento precoce da pele e cataratas, podendo levar à cegueira.

Todas as pessoas expostas ao sol devem cuidar da ingestão de líquidos para evitar a desidratação.

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