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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Fumante passivo


Fumante passivo é a pessoa que fica permanentemente exposta ao ar contaminado pela fumaça ambiental do tabaco, em geral proveniente de uma pessoa que fuma cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, etc.

O fumante passivo é uma pessoa que convive muito próximo e permanentemente com outra que fuma, como esposa, marido, filhos, colegas de trabalho, etc. Os principais locais de exposição ao tabagismo passivo são, pois, a residência e o ambiente de trabalho. Os efeitos da exposição dependem do número de cigarros fumados, do tamanho do local, da circulação do ar no ambiente e da duração do tempo de exposição.

O índice de exposição também é elevado entre frequentadores de bares, restaurantes e casas noturnas. Nos espaços reservados para fumantes, mesmo havendo ventilação adequada, a concentração de agentes tóxicos no ar pode ser muito elevada.

Não existe um nível seguro de exposição passiva à fumaça. Mesmo pequenas exposições podem trazer riscos à saúde, aumentando a ocorrência de doenças e morte. A queima do cigarro libera mais de 4.000 substâncias químicas, capazes de irritar os olhos e as vias respiratórias, dentre as quais há cerca de 50 agentes capazes de provocar câncer.

As pessoas não fumantes quando expostas à fumaça de cigarro podem se sentir muito incomodadas e apresentar irritação nos olhos, dor de cabeça e de garganta, enjoo e dificuldade respiratória. Além disso, os não fumantes, quando em presença de fumantes, podem apresentar tosse intermitente, irritação na laringe, odores no suor e nas vestes; falta de apetite; falta de olfato e de paladar.

A caracterização do fumante passivo parte da história pessoal da pessoa. Além disso, a cotinina, dosada no sangue, indica a intensidade de exposição ao tabagismo.

A Lei Anti-Fumo proíbe fumar cigarros, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos derivados do tabaco em locais coletivos, públicos ou privados, de todo o país. A prevenção individual cabe principalmente à pessoa que fuma. Idealmente, ela deveria parar de fumar. Se isto for impossível ela deve, pelo menos, fumar à distância das demais pessoas, de preferência em locais abertos. Os não-fumantes, por seu turno, devem evitar a companhia frequente de fumantes.

O tabagismo passivo pode causar as mesmas doenças provocadas pelo tabagismo ativo, incluindo câncer de pulmão, doenças respiratórias e cardiovasculares. Na gravidez, pode prejudicar o crescimento do feto e aumentar o risco de complicações da gestação e do parto, tais como parto prematuro, baixo peso ao nascer e mesmo morte fetal.

Os recém-nascidos ou crianças pequenas quando expostos à fumaça do cigarro têm maior risco de morte súbita, bronquite, pneumonia, asma ou exacerbações da asma e infecções de ouvido. O crescimento das crianças também pode ser prejudicado. Nos adultos, o tabagismo passivo pode provocar doenças crônicas e aumentar a mortalidade. Mesmo quando a exposição é interrompida, a diminuição é gradual e ocorre ao longo do tempo.

O tabagismo passivo é um importante causador de agravamento no caso de pessoas com asma, alergias e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O tabagismo passivo também diminui a capacidade para o exercício físico. A convivência com um fumante aumenta o risco de derrame cerebral, doenças cardiovasculares e diminui o colesterol bom, mesmo em pessoas jovens. Afeta, também, a coagulação do sangue, favorecendo a ocorrência de tromboses. Os riscos de arritmias cardíacas, infarto do miocárdio, perda da visão por degeneração da retina e mesmo morte, também aumentam.

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