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segunda-feira, 22 de agosto de 2016
Síndrome X Doença
Os termos síndrome (síndroma ou síndromo) e doença podem ser confusos para o leigo, no entanto, significam coisas muito diferentes. Síndrome (do grego: syndromé = reunião) em medicina descreve um estado mórbido caracterizado por um conjunto determinado de sinais e sintomas clínicos que podem ter causas diversas mas, em geral, não conhecida e não é, pois, uma doença.
Sinal é qualquer manifestação visível ou mensurável de uma alteração orgânica (uma mancha, edema, febre ou um colesterol elevado, por exemplo) que pode ser percebido por outra pessoa sem o relato ou comunicação do paciente. Já o sintoma é uma alteração da percepção de uma sensação, que pode ou não constituir-se no início de uma doença (por exemplo: sede, fome, dor, perda de apetite, fraqueza, tontura, vertigem, delírio, esquecimento, desânimo, alucinação) que somente o paciente consegue perceber.
Doença (do latim: dolentia = padecimento), por sua vez, significa um distúrbio das funções de um determinado órgão, da psique ou do organismo como um todo, que está relacionado a causas e sintomas específicos. As doenças se diferenciam das síndromes em que têm
(1) etiologia conhecida;
(2) uma fisiopatologia específica;
(3) um conjunto característico de sinais e sintomas;
(4) alterações anatômicas e/ou funcionais consistentes e
(5) tratamento específico.
Em geral, a razão de ser de uma síndrome não é conhecida. Por outro lado, a síndrome define as manifestações clínicas semelhantes de uma ou várias doenças, independentemente das suas causas. Também se chama de síndrome certas situações em que a doença ainda não está bem esclarecida com todos os seus sintomas e sinais. Exemplo: uma síndrome febril, em que há aumento da temperatura corporal, aumento dos batimentos cardíacos, taquipneia (ritmo respiratório acelerado), sudorese, secura na boca, etc. de causa não determinada.
Em contraste, a causa por trás de uma doença pode ser elucidada facilmente. Muitas vezes, certas doenças podem desencadear uma síndrome, o que complica ainda mais o assunto, embora uma síndrome não indique obrigatoriamente a presença de uma doença conhecida. Uma síndrome costuma ser chamada pelo nome do cientista que primeiro a descreveu (como síndrome de Down, por exemplo).
Outras vezes recebe o nome em referência à geografia ou história: síndrome de Estocolmo, por exemplo, em referência a um assalto que ocorreu em Estocolmo em agosto de 1973. Ou são mantidas com suas denominações originais por razões históricas, como acontece com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) que ainda é assim chamada porque o conjunto de sinais e sintomas foi descrito antes de se conhecer a natureza completa da enfermidade. Outro exemplo é a fibromialgia que era anteriormente chamada síndrome da polimialgia idiopática difusa, já que o conjunto de sinais e sintomas foi descrito antes de se conhecer a etiologia (causa) e a fisiopatologia da condição.
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