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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Capacidade aeróbica baixa associada a maiores taxas de mortalidade em homens de meia idade


A capacidade aeróbica baixa tem sido associada ao aumento da mortalidade em estudos de curto prazo. O objetivo deste estudo foi avaliar o poder preditivo da capacidade aeróbica para a mortalidade, em homens de meia-idade, durante 45 anos de acompanhamento.

O desenho do estudo foi prospectivo, de coorte, de base populacional. A amostra representativa foi de Gotemburgo, na Suécia, formada por homens nascidos em 1913 e que foram seguidos até 50-99 anos de idade, com exames médicos periódicos e dados do National Hospital Discharge e Cause of Death Registers.

Aos 54 anos de idade, 792 homens realizaram um teste ergométrico de esforço, com 656 (83%) alcançando o máximo de aproveitamento no exercício.

Saiba mais sobre o Teste ergométrico de esforço.

Na análise de regressão de Cox, um baixo pico previsto de consumo máximo de oxigênio (Fórmula VO2 Max), tabagismo, colesterol sérico elevado e pressão arterial média alta em repouso foram significativamente associados à mortalidade. Na análise multivariada, encontrou-se associação entre os tercis previstos na Fórmula e a mortalidade, independentemente de fatores de risco estabelecidos. As razões de risco (HRs) foram:

•HR de 0,79 (IC 95% 0,71-0,89; p<0,0001) para os picos previstos de VO2 Max. •HR de 1,01 (1,002-1,02; p<0,01) para a pressão sanguínea arterial média. •HR de 1,13 (1,04-1,22; p<0,005) para o colesterol. •HR de 1,58 (1,34-1,85; p<0,0001) para o fumo. O impacto variável dos tercis previstos na Fórmula VO2 Max (15,3) sobre a mortalidade foi secundário apenas para o fumo (31,4). Concluiu-se que, nesta amostra representativa da população de homens de meia idade, a baixa capacidade aeróbica foi associada a maiores taxas de mortalidade, independente de fatores de risco tradicionais, incluindo o tabagismo, pressão arterial média e colesterol sérico, durante mais de 40 anos de acompanhamento.

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