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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Unha encravada


Unha encravada é a condição em que um canto ou lado de uma unha cresce para dentro de sua borda, afetando os tecidos adjacentes. Geralmente isso acontece com as unhas dos pés, sobretudo com a do hálux (dedo grande do pé ou dedão).

As causas mais comuns de unha encravada são o uso de sapatos apertados, que comprimem os pés, o ato de cortar as unhas muito curtas e arredondadas ou deixar “pontas” nelas e ferimentos causados às unhas de alguma maneira. Algumas deformidades do pé ou dos dedos, incluindo das unhas, também podem ser causa de unha encravada ao colocar pressão extra sobre o dedo considerado. Se a pessoa tiver diabetes ou outra condição que cause má circulação nos pés ou se as unhas são especialmente curvas, a pessoa está em maior risco de ter unhas encravadas.

Os principais sintomas gerados pelas unhas encravadas são dor, vermelhidão, inchaço e, por vezes, uma infecção com a presença de pus. Além desses sintomas, a sensibilidade no dedo comprometido pode estar alterada. O inchaço pode ser localizado no ponto em que a unha está encravada ou, nos casos mais severos, comprometer todo o dedo. A infecção do tecido em torno da unha ajuda a tornar a situação ainda mais dolorosa e incômoda.

O médico pode diagnosticar uma unha encravada a partir dos sintomas relatados e de um exame físico local. Mas muitas vezes o próprio paciente já chega ao consultório do dermatologista com o seu diagnóstico pronto.

Em geral, a unha encravada é tratada pela própria pessoa, com recursos caseiros, o que nem sempre é o ideal. Hoje em dia, existem podólogos que podem auxiliar neste tratamento. Se o problema for mais grave e a pessoa tiver que recorrer ao médico, provavelmente ele aconselhará certas providências: nos casos mais leves, aconselhará levantar cuidadosamente a borda da unha no lugar afetado, acima da pele e mantê-la com um algodão, fio dental ou tala colocados sob a unha comprometida para que ela possa crescer sem ferir os tecidos adjacentes. Esse material deve ser trocado diariamente para evitar infecções. Nos casos mais graves, o dermatologista fará um bloqueio anestésico no local e poderá remover a borda encravada, ou parte da unha pegando a sua matriz para evitar recorrências ou mesmo fazer a remoção total da unha comprometida. Esta última opção deve ser evitada, sempre que possível.

Em caso de dor, um analgésico comum geralmente é suficiente. Se houver infecção, o médico recomendará o uso de antibióticos, tópicos ou orais, os quais podem mesmo ser usados preventivamente, em casos de remoção. Deve-se ter especial cuidado com aqueles casos em que a pessoa tenha alguma condição que cause má circulação sanguínea nos pés, como é o caso de diabéticos com mau controle da glicemia.

Normalmente a unha encravada se cura facilmente com o tratamento recomendado, mas se a pessoa tiver diabetes ou outra condição que cause um fluxo sanguíneo deficiente nos pés a ferida e a infecção podem ser difíceis de curar. É possível que a pessoa não consiga usar sapatos por um tempo.

Como prevenir a unha encravada?

•Ao aparar as unhas dos pés, elas devem ser cortadas em linha reta. As bordas não devem ser arredondadas, o que facilitaria o crescimento para dentro da pele.
•Não cortar as unhas curtas demais, sempre deixar uma borda livre.
•Usar sapatos confortáveis, que não comprimam os pés. Sapatos de bicos finos não são aconselhados.
•Se a pessoa tiver diabetes ou problemas circulatórios, deve inspecionar os seus pés diariamente para detectar sinais precoces de unhas encravadas e procurar um dermatologista para avaliação.
•Não remover as cutículas, elas são uma proteção das unhas.
•Não cutucar os cantos das unhas com palitos, espátulas, etc.
•Manter os pés limpos e arejados.

Caso a pessoa não adote uma providência que a solucione, uma unha encravada pode infectar todo o dedo e o osso subjacente e conduzir a uma infecção óssea grave. Em alguns casos, a pessoa pode ficar temporariamente impossibilitada de caminhar.

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