Pesquisar este blog

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Infecções Urinárias


É quando há proliferação bacteriana dentro do trato urinário, ou seja, bactéria dentro do sistema urinário contaminando a urina. A urina normalmente é estéril.

Quais são os sintomas de infecção urinária?

•Dor para urinar (disúria)
•Aumento da frequência urinária (polaciúria)
•Urgência para urinar
•Odor fétido na urina
•Ardência para urinar
•Sangue na urina (hematúria)
•Necessidade de acordar a noite para urinar (nictúria)
•Dor na região mais baixa do abdome, próximo à bexiga (dor supra-púbica)
•Urina turva

Nos casos de pielonefrite, em que os rins estão acometidos pela infecção, pode haver febre acima de 38° C, calafrios e dor lombar.

A causa é a proliferação de bactéria dentro do trato urinário.

Cistite é uma inflamação na bexiga, que pode ser bacteriana ou não. Quando é uma cistite bacteriana, é o mesmo que infecção urinária baixa.

As cistites não bacterianas também podem acontecer como, por exemplo, a cistite intersticial ou cistite actínica que vem após uma radioterapia.

Uma bactéria que entra no canal da urina, vai à bexiga, prolifera-se dentro da bexiga, causando uma cistite bacteriana (ou infecção urinária baixa). Mas ela também pode subir retrogradamente pelo ureter (canal que drena a urina do rim até a bexiga) até o rim, causando uma pielonefrite ou infecção urinária alta.

A cistite bacteriana é de fácil tratamento.

Em geral são usados 3 dias de antibiótico por via oral. Quando acomete os rins, ou seja, uma pielonefrite, é um processo geralmente mais longo e mais grave, necessitando de mais tempo de tratamento, muitas vezes por via endovenosa.

A infecção urinária pode acometer qualquer pessoa, desde crianças até idosos.

•As mulheres são o principal grupo acometido por esta patologia. Os fatores anatômicos explicam esta facilidade de contaminação. A mulher tem a uretra mais curta que o homem. Isto faz com que uma bactéria chegue fácil à bexiga. A proximidade da uretra com a vagina e com o ânus, locais onde existem bactérias, também aumenta este risco.
•Homens idosos são mais acometidos do que os homens mais jovens. O crescimento da próstata pode causar um esvaziamento incompleto da bexiga e um fluxo urinário ruim, o que facilita que a bactéria suba até a bexiga.
•Crianças que nascem com alguma anomalia congênita.

O diagnóstico é simples. Uma vez apresentando os sintomas de uma infecção urinária, a pessoa deve procurar um médico para que seja tratada o mais rápido possível.

Os dados clínicos e o exame físico são esclarecedores. O exame de urina confirma a proliferação bacteriana. Pela urocultura, pode-se verificar qual a bactéria que está causando a infecção e qual a resposta dela aos antibióticos usados no tratamento.

Em situações mais graves, por exemplo nos casos de pielonefrite, pode ser necessária a solicitação de outros exames complementares como a ecografia abdominal total, urografia excretora, cintilografias renais, tomografia computadorizada abdominal total, dentre outros.

A infecção urinária não é uma doença sexualmente transmissível. Ou seja, os parceiros sexuais não passam infecção urinária um para o outro.

No entanto, a vida sexual pode facilitar o aparecimento de infecção urinária em algumas mulheres que tem:
•Vida sexual promíscua, ou seja, vários parceiros sexuais.
•Atividade sexual muito ativa (muitas relações em um curto espaço de tempo).

E também naquelas que usam espermicidas, cremes ou lubrificantes que podem alterar o ph vaginal.

É muito importante fazer um exame de urina para diferenciar se há ou não a presença de bactéria em casos de sintomas de infecção urinária, pois pode ser que a relação sexual cause apenas uma irritação no canal da urina pelo atrito do pênis com a vagina.

Aproximadamente 20-25% das pessoas que apresentam uma infecção urinária têm recorrência do quadro no mesmo ano ou no ano seguinte.

O termo “cistite recorrente” é usado quando uma pessoa apresenta três ou mais episódios em um mesmo ano. A infecção urinária é muito comum. Se acontecer duas vezes em um ano, não é "cistite recorrente".

O único tratamento é com antibióticos, que não devem ser usados sem o conhecimento de um médico (urologista, nefrologista, clínico geral, ginecologista, pediatra).

A auto-medicação pode agravar o quadro mascarando os sintomas, dificultando o diagnóstico e facilitando o agravamento do quadro.

O uso incorreto de antibióticos seleciona bactérias resistentes e, no dia que a pessoa realmente precisar do antibiótico, ele pode não agir adequadamente.

Uma infecção simples pode causar uma pielonefrite, que acomete os rins, quadro que pode trazer riscos e complicações, podendo levar a uma situação grave.

Sempre é bom procurar um médico diante dos sintomas de uma infecção urinária.

Os estudos realizados mostram que o que causa infecção são alterações intrínsecas. Algumas mulheres, principalmente aquelas com infecções urinárias recorrentes, podem ter nas células que revestem o canal da urina e a vagina receptores em que as bactérias se ligam de maneira mais firme e, com isso, na hora que a pessoa urina a bactéria não é eliminada.

Então a maior ingestão de líquidos, principalmente água, pode facilitar a eliminação desta bactéria, pois o jato urinário vai ser maior, o que ajuda a eliminar estas bactérias aderidas.


Outros fatores que podem ajudar a evitar uma infecção urinária são:

•Evitar a utilização de produtos intra-vaginais (cremes, lubrificantes, espermicidas) que podem alterar o ph vaginal.
•A ejaculação intravaginal muito frequente pode alterar o ph vaginal e afetar a flora vaginal facilitando a infecção urinária. O sêmen é básico, podendo alterar o ph vaginal.

Não há provas científicas, mas são recomendados:

•A higiene após defecação ou após urinar deve ser feita de frente para trás.
•Não fazer jatos de limpeza com chuveirinho, pois muda a flora e o ph vaginais.
•Esvazie a bexiga após o ato sexual.
•Tratar a constipação intestinal, quando necessário.

Nenhum comentário: