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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Síndrome mão-pé-boca


A síndrome mão-pé-boca é uma condição mórbida altamente contagiosa que cria lesões nesses locais.

É mais frequente em crianças de menos de cinco anos de idade, embora possa afetar adultos.

Tem esse nome justamente porque as lesões que acarreta localizam-se nos pés, mãos e interior da garganta.

A síndrome mão-pé-boca é causada por um enterovírus, o vírus Coxsackie.

A transmissão se dá pelas mãos sujas ou por alimentos mal lavados ou mal cozidos que tiveram contato com fezes contaminadas e também por meio das gotículas espalhadas por meio da tosse, espirros e saliva.

Outra forma de contágio é o contato direto com as bolhas estouradas.

Esta síndrome aumenta sua incidência no outono-inverno, por conta da imunidade ser mais baixa nesse período do ano.

Usualmente o período de incubação, que vai desde a contaminação pelo vírus até o aparecimento dos sintomas, é de quatro a seis dias.

Normalmente a síndrome começa com febre (38-39°C), embora alguns casos possam ocorrer sem febre. A criança apresenta aftas dolorosas e gânglios aumentados no pescoço.

A seguir, surge nos pés e nas mãos uma infecção moderada sob a forma de pequenas bolhas não pruriginosas e não dolorosas, de cor acinzentada com base avermelhada.

Essas lesões podem aparecer também na área da fralda (coxas e nádegas) e eventualmente podem coçar.

Em geral, regridem juntamente com a febre, entre cinco e sete dias, mas as bolhas na boca podem permanecer até quatro semanas.

É comum que a criança também sofra de dores de cabeça e acentuada inapetência.

Na maioria das vezes não é preciso realizar exames complementares para diagnosticar a síndrome mão-pé-boca porque o quadro é bem típico, mas o médico pode solicitar um exame sorológico (no sangue) para o vírus Coxsackie ou detecção do enterovírus 71 (vírus Coxsackie) em exame de fezes.

O tratamento da síndrome mão-pé-boca é eminentemente sintomático e deve incluir todas as medidas utilizadas no tratamento de outras viroses: repouso, alimentação leve e ingestão aumentada de líquidos.

Bochechar com água e sal ajuda a aliviar a dor da boca.

O quadro clínico é autolimitado e melhora espontaneamente com as defesas do organismo.

A febre pode ser controlada pelos antitérmicos e se as lesões da boca comprometem muito a ingesta de líquidos pode ser necessária hidratação endovenosa.

Medicamentos anti-inflamatórios e antivirais podem ser utilizados, mas são de pequena efetividade.

Pode-se usar também antipruriginosos, se necessário.

A prevenção consiste em lavar bem as mãos e alimentos a serem consumidos.

A criança não deve ir à escola, creche ou a outros lugares de aglomeração infantil durante a doença para não contaminar outras crianças.

Depois de se contrair esta doença, fica-se imune para toda a vida.

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