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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Neuropatia diabética


Com a evolução da diabetes mellitus podem ocorrer, ao longo da vida, o aparecimento de disfunções dos nervos periféricos, que se manifestam mais frequentemente em pessoas idosas.

A esses danos chama-se neuropatia diabética. Esses danos se desenvolverão em cerca de metade dos indivíduos com diabetes mellitus e, na maioria das vezes, os sintomas aparecerão de dez a vinte anos após o diabetes ter sido diagnosticado.

Quanto maior a duração da doença e quanto maior as alterações dos níveis glicêmicos (glicemia), maior a chance da neuropatia se manifestar.

Se os níveis de açúcar no sangue (glicemia) dos diabéticos não forem bem controlados eles estarão mais propensos a desenvolver lesões nos nervos periféricos.

Essas lesões são causadas pela diminuição do fluxo sanguíneo para os nervos e pelos altos níveis glicêmicos no sangue.

O comprometimento dos nervos periféricos nos diabéticos se desenvolve ao longo de vários anos.

Ele ocorre em virtude dos níveis altos de açúcar no sangue e da diminuição do fluxo sanguíneo para os nervos, em decorrência do diabetes.

A neuropatia diabética incide mais na extremidade dos nervos mais longos, como nos das pernas e dos braços, mas também pode ocorrer no tórax, face e regiões genitais, afetando a sensibilidade, a sensação à pressão, à temperatura e à vibração, além de controlar os músculos e as glândulas do suor.

Os principais sinais e sintomas da neuropatia diabética são a falta de reflexo no tornozelo, a perda de sensibilidade nos pés, alterações na pele, queda na pressão sanguínea ao se levantar, formigamento ou queimação nos braços e pernas, perda da sensibilidade e dor intensa nos pés, pernas e braços.

Como consequência, é possível não notar quando se pisa em algo afiado, não notar uma bolha ou um pequeno corte na pele, não notar quando se toca em algo muito quente ou muito frio, etc.

Podem acontecer problemas sexuais, como secura vaginal e frigidez ou impotência.

É frequente haver problemas na bexiga e dificuldades para urinar ou sudorese excessiva, mesmo quando a temperatura ambiente está fria ou quando se está em repouso. Outros sintomas podem estar presentes, como hipotensão postural, tonteiras, disfunção de transpiração, mau funcionamento da mobilidade do estômago, etc.

Além dos sintomas e do exame físico, o médico pode valer-se de exames complementares que incluem eletromiograma (estudo da atividade elétrica nos músculos), testes da velocidade de condução nervosa e registro da velocidade na qual os sinais transitam pelos nervos.

Um diagnóstico diferencial deve ser estabelecido com outras neuropatias periféricas, como as relacionadas à AIDS, à ingestão continuada de vários tipos de medicações e ao abuso de álcool, por exemplo.

A neuropatia diabética pode ser tratada tentando-se manter os níveis sanguíneos de glicose dentro do normal o que, em alguns casos, pode ser conseguido pela adoção de uma dieta adequada e por exercícios físicos regulares.

Em outros casos, no entanto, os pacientes necessitam tomar medicações hipoglicemiantes.

Medicações sintomáticas podem ser utilizadas para tratar náuseas, vômitos, dores, diarreia, etc.

A neuropatia diabética pode ser evitada mantendo-se a taxa de açúcar no sangue em níveis os mais normais possíveis.

Embora as medicações possam minorar alguns sintomas, a doença geralmente apresenta uma piora contínua.

A neuropatia estabelecida pode progredir muito lentamente quando o diabetes é bem controlado, mas não sofre regressão.

A neuropatia diabética pode dar origem a úlceras nos pés e ocultar as dores de uma angina ou de um ataque cardíaco.

Muitas vezes, ela leva à amputação das pernas.

Mais ou menos metade dos casos de amputações das pernas é devida à neuropatia diabética.

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