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sábado, 26 de julho de 2014

Síndrome nefrítica


A síndrome nefrítica é a condição clínica em que os glomérulos renais que originam a urina sofrem uma série de distúrbios que alteram a filtração do sangue.

Ela pode ser aguda, crônica ou de progressão rápida.

Quase sempre a síndrome nefrítica aguda é consequente a glomerulonefrites devidas a infecções bacterianas à distância, como na garganta, por exemplo.

Pode acontecer também como comprometimento dos rins em várias doenças infecciosas ou como reações do organismo a corpos estranhos, como próteses ou outros.

Em todos esses casos ocorre uma inflamação renal por depósito dos chamados imunocomplexos, que são moléculas formadas pela junção de antígenos e anticorpos.

As causas das síndromes nefríticas crônicas são mais desconhecidas, mas parecem estar relacionadas com algum distúrbio glomerular não sabido ou não detectado.

As causas da forma de progressão rápida não se tornam conhecidas em muitos casos.

A síndrome nefrítica pode dever-se ao depósito de imunocomplexos pela presença de enfermidades auto-imunes silenciosas ou porque o sistema imunológico do indivíduo passa a produzir anticorpos que atacam os glomérulos.

Nas síndromes nefríticas geralmente há hipervolemia (aumento do volume de líquidos no organismo), edema, hipertensão arterial, hematúria, proteinúria, oligúria e presença de leucócitos na urina, etc., embora nem sempre essas alterações ocorram todas ao mesmo tempo.

A síndrome nefrítica aguda, mais que as outras, está associada ao desenvolvimento de hipertensão arterial, de reações inflamatórias no tecido intersticial dos rins e de interrupção temporária da função renal. A síndrome nefrítica crônica se desenvolve gradual e silenciosamente.

A enfermidade rapidamente progressiva é a forma mais grave e pode levar à destruição da maioria dos glomérulos em semanas ou dias.

A síndrome aguda é a mais frequente em pessoas de todas as idades e também a mais simples de tratar.

Quando a síndrome nefrítica gera sintomas, pode ser diagnosticada clinicamente com mais facilidade por meio da história clínica do paciente e do exame físico e pode ser confirmada por exames laboratoriais simples de sangue e urina.

Exames de imagens complementam o diagnóstico.

Nas síndromes secundárias a doenças infecciosas pode-se também pesquisar no sangue a presença de anticorpos específicos dos agentes infecciosos.

Alguns casos necessitam de uma biópsia renal para precisar o seu diagnóstico.

O tratamento da síndrome nefrítica depende da causa da doença. Sintomaticamente, deve cuidar-se da pressão arterial e do equilíbrio hidroeletrolítico do indivíduo, administrando os anti-hipertensivos e diuréticos adequados e observando uma dieta com restrição de sódio e proteínas.

No caso de haver infecção bacteriana vigente ou doenças autoimunes ativas esses processos devem ser adequadamente tratados.

Em alguns casos, só a biópsia do rim permite fazer um planejamento terapêutico específico.

A prevenção tem como objetivo principal procurar evitar os males que possam lesar os glomérulos renais.

Para isso, deve-se ter cuidados para evitar infecções bacterianas de qualquer espécie e tratar adequadamente as infecções eventualmente contraídas.

As síndromes nefríticas rapidamente progressiva ou crônica levam à perda irreversível da função renal, embora esse curso possa ser retardado por diversas estratégias.

As síndromes nefríticas rapidamente progressiva e crônica podem levar à falência renal em semanas ou dias e à consequente doença terminal renal.

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