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quinta-feira, 10 de julho de 2014
Disfunção da articulação temporomandibular ou disfunção da ATM
A articulação temporomandibular (ATM) liga o maxilar ao crânio. A disfunção da articulação temporomandibular acontece quando essa articulação não está funcionando adequadamente.
Ela é responsável por mover a mandíbula para frente, para trás e para os lados e tem importante papel na mastigação.
Todo problema que altere o adequado funcionamento deste complexo sistema é chamado de disfunção da articulação temporomandibular.
A má oclusão dentária aumenta os riscos para desenvolver o problema, ao induzir microtraumas, desenvolvendo assim lesões degenerativas na articulação. Esta disfunção ocorre mais frequentemente em mulheres que em homens (9:1) e, embora possa acontecer em qualquer idade, é mais comum na faixa etária entre os 30 e 40 anos.
A causa exata da disfunção da articulação temporomandibular é impossível de ser identificada, mas ela parece estar relacionada a certos hábitos comuns, como ranger os dentes, morder objetos, roer unhas, mascar chicletes, má postura da cabeça, prender o telefone com o queixo, e também se relaciona ao estresse, depressão e ansiedade.
Algumas disfunções parecem ser constitucionais.
As disfunções da articulação temporomandibular apresentam variados sinais e sintomas, todos eles são comuns a outros problemas. Geralmente, a disfunção da articulação temporomandibular dá a sensação ao indivíduo acometido de que sua mandíbula está saltando para fora, fazendo um estalo e até travando por um instante.
Alguns dos sintomas mais frequentes são comuns também a outras condições mórbidas, como dores de cabeça (frequentemente parecidas com enxaquecas), dores no pescoço ou nas costas, dores de ouvido, dor e pressão atrás dos olhos, perturbações visuais, vertigens e zumbidos, sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca, dor ao bocejar, abrir a boca ou mastigar, flacidez dos músculos da mandíbula e uma brusca mudança no modo como os dentes superiores e inferiores se encaixam.
Muitas vezes os sintomas não fazem pensar a princípio em disfunção da articulação temporomandibular e induzem a diagnósticos muito distantes do problema. Os exames feitos inicialmente nem sempre conduzem a um correto esclarecimento das causas dos sintomas. Quase sempre os pacientes se submetem a vários exames desnecessários, como eletroencefalografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética em busca de outros problemas, antes de chegar a um diagnóstico preciso.
O exame físico deve constar de testes da amplitude dos movimentos mandibulares, ausculta dos ruídos articulares, exame da oclusão dos dentes, palpação da articulação, etc. As radiografias convencionais, a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética podem ser usadas, mas dirigidas para a articulação temporomandibular. Outras técnicas diagnósticas mais sofisticadas e de utilização do especialista têm sido desenvolvidas na intenção de refinar a avaliação do problema (eletromiografia de superfície, sonografia, termografia e cinesiografia).
Não existe cura para a disfunção da articulação temporomandibular, mas existem diversos procedimentos que podem diminuir o desconforto dos sintomas. O cirurgião dentista especializado é o profissional a quem cabe o correto controle da disfunção da articulação temporomandibular.
Entre os recursos de que pode se valer e aconselhar estão:
•Aplicação de calor úmido.
•Utilização de relaxantes musculares, analgésicos e anti-inflamatórios.
•Uso de uma placa de mordida, conhecida como férula. Ela é um aparelho feito sob medida que se encaixa nos dentes superiores e os impede de ranger contra os inferiores.
•Treinamento de técnicas de relaxamento que ajudam a controlar a tensão muscular e tentam evitar o estresse.
•Dar preferência a alimentos macios na dieta.
Se essas providências não surtirem efeito e a disfunção da articulação temporomandibular for muito incômoda, uma cirurgia poderá ser recomendada.
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