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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Transtorno no sono


Há quatro formas básicas de transtornos do sono.

1) Os primários, por não derivarem de nenhuma causa externa, originando-se no próprio indivíduo: são divididas em dissonias (insônia e hipersonia) e as parassonias (sonambulismo, terror noturno, pesadelos).

2) Os decorrentes de transtornos psiquiátricos como a ansiedade, depressão, psicoses, mania, etc.

3) Os decorrentes de transtornos físicos em geral como qualquer condição física que prejudique o sono: falta de ar, dores, desconfortos.

4) Os devidos a medicações ou outras substâncias que possam prejudicar o sono. Abordaremos apenas as insônias do primeiro tipo.

Pesquisas feitas nos EUA mostraram que aproximadamente 1/3 da população tem algum problema com o sono.

Essa prevalência tão alta mostra como a fisiologia do sono é sensível, alterando-se mesmo com preocupações ou tensão do dia-a-dia.

A insônia é a forma mais comum dos transtornos do sono, mas dependendo da pessoa, de suas predisposições naturais, as tensões podem se manifestar de outras maneiras, até como enurese noturna, o que não é comum.

Os transtornos primários do sono costumam ser tratados com medicações, além de uma série de procedimentos de acordo com cada caso.

Já nos tipos 2, 3 e 4 deve-se tratar primeiro a causa; não havendo sucesso pode-se recorrer à medicação indutora do sono.

Insônia

É a condição de quantidade ou qualidade insatisfatória de sono que persiste durante mais de um mês.

Há três formas básicas de insônia: a do início, a do meio e a do fim do sono, sendo a primeira a mais comum.

As mulheres, pessoas de vida estressante e os idosos são os mais atingidos.

Quando a insônia é experimentada repetidamente, ela pode levar a um aumento do medo de falta de sono e uma preocupação com suas conseqüências.

Isso cria um círculo vicioso que tende a perpetuar o problema do indivíduo.

Freqüentemente os pacientes com insônia querem enfrentar a insônia se automedicando ou tomando bebidas alcoólicas, conduta que por si já pode trazer a esta pessoa vários problemas, como a dependência da substância usada, além de mais insônia.

As noites mal dormidas podem gerar dores físicas pela manhã, cansaço mental ao longo do dia, tensão emocional, irritabilidade, preocupações consigo próprios.

A importância de se buscar o médico para tratar a insônia, está, antes de tudo, determinar as causas possíveis; e ao se tomar um indutor do sono, que se faça sob supervisão porque a maioria dessas medicações pode levar à dependência, se tomada erradamente.

Tratamento

O primeiro passo para se tratar a insônia é pôr ordem na própria vida, não dormindo durante o dia, mesmo que tenha acordado cedo demais, praticando esportes regularmente, não tomando mais do que cinco xícaras de café ao dia, não tomando café após as 16:00h (bem como as demais substâncias que contêm cafeína).

Evitando atividades excitantes antes de dormir como exercícios pesados ou filmes tensos, cuidando da alimentação, procurando atividades tranquilas antes de dormir, como a leitura.

Não lutar contra a insônia: caso não consiga dormir em 30 minutos, levantar-se da cama e procurar uma atividade leve até que o sono chegue sem aborrecer-se com a hora ou com a necessidade de descansar.

Tendo os procedimentos falhado pode se passar para a tentativa de resolver o problema com medicações.

Os hipnóticos clássicos (benzodiazepínicos) não resolvem casos demorados: devem ser dados por prazos de até dois meses.

Hipnóticos não benzodiazepínicos podem atuar por mais tempo, mas após um ano deixam de ser tão eficazes. Várias outras medicações, como os anti-histamínicos podem ser tentadas: isso dependerá de cada médico.

A melatonina vem sendo usada com grande interesse pela comunidade médica, mas não é comercializada no Brasil.

A melatonina é um hormônio, portanto é melhor aceito pelo organismo, não apresentando efeitos colaterais.

Esta substância é vendida no EUA como alimento e não como medicação.

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