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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Quelóides


Os quelóides são respostas cicatriciais anômalas e exacerbadas, constituídas por lesões fibro-elásticas salientes, de cores rosadas, avermelhadas ou escuras que podem ocorrer sobre quaisquer cicatrizes na pele.

São cicatrizes exageradas que acontecem apenas nos seres humanos.

Apesar de benignas, não contagiosas e indolores, constituem um problema estético de grande importância.

Eles parecem ter um forte componente genético e geralmente têm a sua formação no interior dos tecidos, em cicatrizes em que a pele tenha sofrido algum corte, abertura ou lesão; como em queimaduras, doenças como a varicela e a acne, furos nas orelhas ou para colocação de piercing, arranhões, cortes cirúrgicos, feridas traumáticas, locais de vacinação, etc.

E se caracterizam pela produção exagerada de fibroblastos, que são células que produzem o colágeno.

Ocorrem em ambos os gêneros, embora seja relatada uma maior incidência no gênero feminino.

Quase sempre eles se localizam em locais de lesões prévias da pele, sejam acidentais, cirúrgicas, provocadas por doenças, por abrasões ou inflamações, no entanto, mais raramente, os quelóides podem também ocorrer em regiões de pele íntegra.

As lesões que estão sobre o local de um machucado ou ferimento na pele apresentam-se como protuberâncias salientes de consistência endurecida e superfície lisa e cor vermelha, rosada ou semelhante à pele.

Os locais mais comuns em que surgem os quelóides são a região do esterno, os ombros, as orelhas e a face e as lesões podem coçar.

O diagnóstico de quelóide depende de uma observação direta da lesão.

Porém não é fácil diferenciar entre quelóide e cicatriz hipertrófica, tanto ao microscópio ótico quanto ao eletrônico.

O quelóide pode alastrar-se além da área da lesão e pode não regredir, enquanto que a cicatriz hipertrófica é limitada à área do trauma e em muitos casos regride com o tempo.

Uma biópsia da pele pode ajudar a descartar outras formações patológicas que ocorrem na pele.

O tratamento dos quelóides representa um desafio para os médicos. Eles são difíceis de erradicar e mesmo quando retirados cirurgicamente, tendem a recidivar.

Existem várias técnicas para tratar os quelóides, à escolha do médico.

Dentre elas pode-se citar a remoção cirúrgica, a radioterapia, a crioterapia, o gel de silicone, a injeção intralesional de agentes diversos e a laserterapia ou a malha de compressão, em casos de queimaduras.

Embora os quelóides não representem risco à saúde, podem afetar grandemente a aparência e serem, mesmo, desfiguradores.

Em alguns casos, ao longo dos anos os quelóides podem diminuir, ficarem mais lisos e menos visíveis.

A exposição ao sol faz com que o quelóide fique mais escuro do que a pele no seu entorno.

A remoção do quelóide pode produzir uma cicatriz ainda maior e mais anômala que a anterior.

Os quelóides muito extensos podem causar limitação da mobilidade nas áreas afetadas do corpo.

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