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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Neoplasia intraepitelial cervical: que doença é esta?


As neoplasias invasivas do colo do útero são precedidas por um longo período de alterações celulares, de tal modo que elas podem ser evitadas.

Chama-se a essas alterações pré-invasivas do colo do útero, limitadas ao epitélio escamoso do órgão, de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) ou de Cervical intraepithelial neoplasia (CIN em inglês).

Microscopicamente, essas alterações se caracterizam por uma evolução que vai desde a simples atipia celular até graus mais severos de displasia ou de neoplasia intraepitelial cervical (NIC).

Usualmente, as neoplasias intraepiteliais cervicais (NICs) são classificadas em graus 1, 2 e 3 (neoplasia intraepitelial cervical leve, moderada e grave, respectivamente).

Quanto maior o grau da neoplasia intraepitelial cervical (NIC), maior a espessura do epitélio e a proporção nele de células indiferenciadas.

Assim, os graus 2 e 3 apresentam uma maior gravidade que o grau 1.

Essas alterações teciduais podem substituir parte ou toda a espessura do epitélio cervical normal e devem, então, ser vistas como pré-malignas.

O controle e tratamento delas pode evitar o câncer cervical do útero porque ela é de evolução lenta, com longo período de desenvolvimento das lesões.

O controle ginecológico periódico é de suma importância porque permite ao médico detectar e remover essas alterações numa fase pré-cancerosa.

O exame diagnóstico, chamado Papanicolaou é rotineiro nas consultas ginecológicas e extremamente simples e pode ser complementado, se houver necessidade, com outros exames, como citologia, colposcopia ou ultrassonografia transvaginal, por exemplo.

Entre as causas da neoplasia cervical, o papilomavírus humano - HPV (a virose mais comum de transmissão sexual) está sempre presente, no entanto, a maioria das anomalias cervicais causadas pela infecção pelo HPV não progride para neoplasia intraepitelial cervical (NIC) ou neoplasia do colo uterino e outros fatores são necessários para que isso aconteça, como outros tipos de inflamações ou infecções, por exemplo.

Há mais de 100 tipos de HPV, mas deles somente cerca de uma dúzia pode produzir as alterações que levam à neoplasia intraepitelial cervical (NIC).

A neoplasia intraepitelial cervical (NIC) não gera sintomas específicos e só pode ser detectada por meio do exame ginecológico de rotina.

A neoplasia intraepitelial cervical (NIC) não é um câncer e usualmente é curável.

A maioria dos casos que estão no grau 1 permanece estável ou é eliminada pelo sistema imunológico do indivíduo, sem intervenção médica, embora um a pequena percentagem de casos evolui para um câncer cervical.

Nenhum tratamento é recomendado para o grau 1 da alteração com duração menor de dois anos e apenas deve ser mantido um monitoramento cuidadoso.

A partir desse tempo, a alteração deve ser removida, por precaução. Nos graus 2 e 3 deve ser feita a remoção das células neoplásicas tão logo detectadas, por cauterização ou conização do colo do útero.

Vacinas contra o HPV DEVEM ser usadas na prevenção do vírus.


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