Pesquisar este blog

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Hipertensão Arterial na Infância


A hipertensão arterial essencial de adultos é a doença crônica de maior prevalência em todo o mundo e um importante fator de risco para doenças graves, cardiovasculares, renais e acidentes vasculares cerebrais. Contudo, apenas nos últimos anos a hipertensão arterial passou a ter a devida atenção da pediatria.

A mudança desfavorável dos hábitos de vida da criança (alimentação rica em gordura e pobre em fibras, grandes períodos de tempo frente à televisão e ao computador, impossibilidade de sair de casa por causa da violência, etc.) está tornando a obesidade na infância (uma das causas da hipertensão na infância) uma verdadeira epidemia.

A Sociedade Brasileira de Hipertensão estima que 5% da população com até 18 anos tem níveis pressóricos elevados.

A incidência de pressão arterial alta em crianças varia de 1 a 11% em diversas estatísticas, dependendo dos critérios usados na pesquisa.

Hoje sabemos que muitas hipertensões arteriais em crianças são secundárias a alguma outra doença, mas podem também ser o início precoce da hipertensão essencial do adulto.

A hipertensão arterial na infância parece ter causas tanto genéticas como ambientais e essa concorrência de fatores genéticos e ambientais inicia-se muito precocemente, ainda no período pré-natal.

Os fatores genéticos resultam de anormalidades em um conjunto de sistemas orgânicos, como o transporte de eletrólitos e os mecanismos de controle endócrino e simpático e contribuem com pelo menos 20 a 50% da variação da pressão arterial.

Entre os fatores ambientais pode-se apontar uma dieta rica em sódio e/ou pobre em potássio, a obesidade, o estresse e o sedentarismo.

Algumas hipertensões infantis são essenciais ou iatrogênicas (causadas por outros tratamentos), mas outras são secundárias a doenças renais, vasculares ou a algumas enfermidades endócrinas.

A hipertensão constatada no primeiro ano de vida deve ser vista como potencialmente secundária, mas já na idade escolar e, em particular, nos adolescentes, a hipertensão pode ser primária ou essencial.

Nenhum comentário: