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quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Enxaquecas: para refrescar a memória!
A enxaqueca é uma doença neurológica de diagnóstico clínico com predominância em pessoas jovens, principalmente mulheres, que pode ser prevenida e tratada.
É apenas um dos quase 200 tipos de dores de cabeça que existem.
A doença se caracteriza por uma dor latejante que dura de quatro a 72 horas e afeta, em geral, apenas um lado da cabeça, mas pode afetar a cabeça toda.
Ela piora com luz (fotofobia), cheiro (osmofobia), barulho (fonofobia) e movimentos (cinetofobia).
Diferentemente do que muitos acreditam, viver com o problema não é comum ou normal.
E pior, tentar administrar o dia-a-dia com a enxaqueca pode ser prejudicial à saúde.
Ou seja, não tente relevar os sintomas ou medicar-se por conta própria, indiscriminadamente.
A partir do momento em que o paciente começa a tomar mais de dois analgésicos por semana, ele já deve procurar ajuda médica.
O uso abusivo destes medicamentos pode transformar uma dor de cabeça esporádica numa cefaleia crônica diária, que é uma das mais difíceis de tratar.
A automedicação é um problema muito sério, pois efetivamente atrapalha o tratamento verdadeiro!
Em recente pesquisa, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou a enxaqueca como a quarta doença crônica mais incapacitante, atrás apenas da quadriplegia, psicose e demência.
A atitude mais correta é procurar um médico para saber se a dor de cabeça recorrente pode ser diagnosticada como enxaqueca.
A partir do diagnóstico, é possível adotar o tratamento preventivo e evitar as crises agudas que podem até mesmo incapacitar temporariamente a pessoa para o trabalho, por exemplo.
Para o leigo, qualquer dor de cabeça é enxaqueca.
Só que há variações sintomáticas que podem indicar doenças diferentes.
A forma mais comum de enxaqueca é a sem aura.
Aura são alterações visuais como pontos escuros, luminosos, linhas em zigzag ou manchas na visão que podem anteceder ou acompanhar a dor de cabeça, duram de 5 a 60 minutos.
Na enxaqueca com aura a dor é precedida por alterações visuais ou sensitivas (dormência na mão, braço e língua).
Um alerta importante é que a enxaqueca com aura quando associada ao uso de anticoncepcional pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (derrame).
Se, além do anticoncepcional, a paciente for tabagista, o risco é muito maior.
Existe uma dor de cabeça que é mais comum nos homens chamada “cefaleia em salvas”.
É considerada uma das piores dores que o ser humano pode ter.
É uma dor sazonal que pode ocorrer só uma vez por ano ou até a cada dois ou três anos.
Dura até três meses e o paciente pode ter de uma a oito crises por dia.
É uma dor sempre do mesmo lado, que pega o olho e a têmpora.
É como se "um ferro em brasa estivesse perfurando o crânio" do paciente.
De qualquer forma, o diagnóstico da enxaqueca deve ser feito pelo médico.
A enxaqueca é uma enfermidade caracterizada por episódios de cefaleia que variam entre quatro e 72 horas de duração associada a dois dos seguintes sintomas:
- Dor unilateral;
- Dor de intensidade média ou forte;
- Dor latejante ou pulsátil;
- Piora com a movimentação.
E um dos seguintes sintomas:
- Náusea ou vômito
- Fotofobia (sensibilidade à luz) ou fonofobia (desconforto provocado pelos sons).
Quando um médico atende um paciente com enxaqueca, pode indicar dois tipos de tratamentos medicamentosos: o para a crise em si e o preventivo.
O primeiro medicamento é essencial para abortar a crise de dor.
No caso do tratamento abortivo das crises, o princípio mais importante na enxaqueca já instalada é que o medicamento seja administrado assim que a dor se manifesta.
Aguardar até as dores ficarem mais fortes exigirá doses mais altas dos medicamentos, e mais tempo para aliviar a dor.
Podem ser utilizados como abortivos de enxaqueca medicamentos não específicos como analgésicos comuns e antiinflamatórios e medicamentos específicos para a enxaqueca.
Se for necessário o tratamento preventivo, o especialista pode prescrever um medicamento que deverá ser usado diariamente para tentar evitar as crises.
O tratamento preventivo pode levar de quatro semanas a três meses para fazer efeito, e poderá durar de seis meses a dois anos.
Em média, dois terços dos pacientes que recebem tratamento preventivo apresentam redução de até 75% no número e na intensidade das crises.
Para a prevenção da enxaqueca, podem ser utilizados vários medicamentos, e de classes diferentes tais como antidepressivos, anticonvulsivantes, anti-hipertensivos, medicamentos para labirintite etc.
Também a forte indicação de se fazer tratamento com Homeopatia e Acupuntura!
A medicação é escolhida de acordo com a necessidade de cada paciente.
É bom lembrar que a decisão pelo melhor tratamento, preventivo ou abortivo para a enxaqueca deve ser sempre tomada pelo médico em conjunto com o paciente.
Nunca tome medicamento por conta própria!
Um papel fundamental do médico é orientar sobre as mudanças nos hábitos de vida, introduzindo técnicas de relaxamento como a Ioga e o Biofeedback.
Outro recurso que tem sido utilizado com sucesso pelos médicos é fornecer ao paciente um diário no qual ele irá anotar todas as vezes que sentiu a dor, sua intensidade, frequência, o que pode ter desencadeado, entre outros detalhes.
Com essas informações, é possível identificar os fatores desencadeantes, que podem variar em cada pessoa.
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