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sábado, 6 de julho de 2013

Cirrose Hepática


Cirrose é o nome genérico que se dá à patologia que transforma as células originais do tecido de um órgão em tecido fibroso.

É um processo cicatricial e acontece em virtude da ação de diversos elementos agressores.

Com isso, o órgão perde sua especificidade funcional, porque o tecido fibroso não desempenha qualquer função fisiológica.

Geralmente o termo cirrose, sem adjetivação, é utilizado para designar a fibrose do fígado porque esse é, de longe, o tipo mais comum de cirrose.

A cirrose hepática surge devido a um processo crônico e progressivo de inflamações, que resultam numa fibrose difusa, na formação de nódulos, e frequentemente, necrose celular.

Esse processo estrangula a circulação do sangue que chega ao fígado através da veia porta (grande tronco venoso que drena o sangue vindo do sistema digestivo para o fígado), provocando um aumento de pressão no interior desta veia e a uma insuficiência hepática progressiva que pode terminar numa falência total do fígado.

O álcool é apenas a causa mais conhecida de cirrose hepática, mas toda inflamação que afete o fígado pode levar a ela.

Assim, as diversas formas de hepatites, virais ou não, doenças metabólicas, distúrbios vasculares, colangites, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência congênita de ductos intrahepáticos, etc., podem levar a esta condição.

Há, também, uma cirrose criptogênica, de causa desconhecida.

A cirrose é considerada uma doença terminal do fígado e para ela convergem diversas doenças diferentes, levando a complicações decorrentes da destruição de suas células, da alteração da sua estrutura e do processo inflamatório crônico.

Durante um bom tempo praticamente não há sintomas, porque a parte saudável do fígado consegue compensar as funções das partes afetadas.

Mais tarde podem surgir sinais e sintomas devidos ao aumento de pressão na veia porta, como ascite, esplenomegalia e hemorragia digestiva, entre outros, e de insuficiência hepática, desnutrição, hipoproteinemia, icterícia, ginecomastia, encefalopatia hepática.

Outros sintomas podem ocorrer, na dependência do grau de evolução e da natureza da doença como, por exemplo, aranhas vasculares na pele, cãibras, síndrome hepatorrenal, eritema palmar, unhas abauladas em forma de baquetes, fraqueza, adinamia, fadiga, anorexia, náuseas, irregularidades menstruais.

O diagnóstico precoce é difícil, porque durante muito tempo a parte sadia do fígado compensa a parte lesada, mas o diagnóstico de cirrose deve ser suspeitado toda vez que existam indícios clínicos e laboratoriais de insuficiência hepática.

Na dependência da gravidade da enfermidade esses sinais podem ser muito discretos (como fadiga ou hipoalbuminemia, por exemplo) ou muito intensos (como hemorragias por varizes, por exemplo).

Exames de imagem podem ajudar no diagnóstico, mas a confirmação deve ser feita pela biópsia hepática.

Quando a cirrose já está estabelecida, as provas de funções hepáticas geralmente são muito alteradas.

O médico procurará, também, pela causa da cirrose que, em alguns casos, não conseguirá determinar.

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