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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Claudicação intermitente: o que é isso?



Quando se exercitam, os músculos consomem mais oxigênio que quando em repouso e por isso, se houver alguma deficiência da irrigação vascular por uma obstrução arterial, por exemplo, o indivíduo sentirá dor ao caminhar, que o obrigará a parar.

A claudicação intermitente corresponde, pois, a uma sensação dolorosa em uma ou em ambas as pernas, que ocorre durante exercícios ou caminhada, como resultado de um déficit de suprimento muscular de oxigênio.

Normalmente as artérias que conduzem o sangue têm seu interior liso e desobstruído mas, com o envelhecimento, podem apresentar estreitamentos e obstruções devidos à arteriosclerose.

A causa mais importante de claudicação intermitente é a insuficiência circulatória causada pelo estreitamento das artérias que irrigam os membros inferiores por placas de gordura ou ateromas (doença arterial obstrutiva periférica), em geral devido à arteriosclerose.

Ela pode também ser indicatória de arteriosclerose em outras partes do corpo, como o coração e o sistema nervoso central, por exemplo.

Os principais fatores de risco para a aterosclerose são: hereditariedade, sedentarismo, estresse, diabetes, dislipidemias, tabagismo, colesterol alto, pressão alta e obesidade.

Os principais sinais e sintomas da claudicação intermitente são: dor, cansaço, câimbra, peso e fraqueza nas pernas, afetando sobretudo a panturrilha, mas que também pode se manifestar nos quadris, nádegas, coxas, canelas ou parte superior dos pés.

Esses sintomas se iniciam com a realização de atividades físicas, como caminhadas, se exacerbam rapidamente quando os exercícios são intensificados e desaparecem rapidamente quando são interrompidos. Comumente, a dor também piora quando o membro inferior é elevado.

Com a progressão do quadro, a capacidade de caminhar sem sentir dor diminui cada vez mais, até finalmente o indivíduo apresentar o desconforto mesmo em repouso.

Frequentemente a dor impede que o indivíduo durma.

Com a redução acentuada da irrigação sanguínea, o pé torna-se frio e insensível; a pele pode tornar-se seca e descamativa; as unhas se atrofiam; os pelos caem.

Nos casos mais graves pode ocorrer a formação de úlceras, sobretudo após uma lesão. O membro inferior pode atrofiar-se ou aparecer uma gangrena necessitando uma amputação.

A claudicação neurogênica, que acontece por um estreitamento do canal vertebral levando à compressão de raízes nervosas, deve ser diferenciada da claudicação intermitente.

A claudicação intermitente consiste em uma dor muscular que surge se o indivíduo tiver percorrido uma determinada distância, obrigando-o a parar por alguns minutos.

Esse alívio é bem mais rápido, após a interrupção da marcha, na claudicação de origem vascular do que na claudicação de origem neurológica, variando de um a três minutos na primeira e de cinco a vinte minutos na segunda.

A dor de origem vascular não é agravada simNão sendo adequadamente tratada, a enfermidade que causa a claudicação intermitente pode levar a lesões isquêmicas nas extremidades e até a amputações.plesmente pela postura ortostática e não se altera com os movimentos da coluna lombar.

Na claudicação vascular o indivíduo exibe outras alterações características de doença arterial, como ausência de pulsos distais e alterações tróficas da pele.

Acompanhando a claudicação neurogênica costuma haver também sintomas autonômicos como a incontinência fecal, urinária e priapismo (ereção involuntária e sustentada do pênis, independente de qualquer estimulação).

O diagnóstico da claudicação intermitente é eminentemente clínico, baseado na história médica do paciente e no exame físico com avaliação dos pulsos do paciente e de eventuais sopros cardíacos à ausculta.

Após essa avaliação inicial o médico pode solicitar um teste de caminhada em esteira, angiografia, ecografia com Doppler, angiotomografia computadorizada ou angiorressonância magnética.

O primeiro tratamento para a claudicação intermitente é feito com exercícios (caminhadas em solo ou esteira) adequados e programados. Aquecer os membros e controlar os fatores agravantes, como o tabagismo, a hipertensão arterial, as dislipidemias, o diabetes, a glicemia, etc.

Alguns medicamentos, como vasodilatadores ou antiagregantes plaquetários podem ser usados. Em casos mais severos, a cirurgia, com ou sem colocação de stent (uma espécie de mola em espiral, destinada a manter a artéria aberta) pode ser indicada.

Como evitar a claudicação intermitente?

•Se fumante, parar de fumar.

•Fazer exercícios com regularidade.

•Manter níveis sanguíneos adequados de açúcar e colesterol.

•Controlar a pressão arterial.

•Manter o peso ideal.


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