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quinta-feira, 28 de março de 2013

Broncoscopia



A broncoscopia é uma endoscopia da árvore brônquica. Consiste na introdução pelo nariz de um tubo rígido ou flexível (broncoscópio) que atinge a árvore brônquica e que leva, na sua extremidade, uma câmera que permite visualizar o interior da traqueia e dos brônquios, bem como dispositivos para retirar amostras de tecidos para biópsias e secreções para exames.

Além disso, por meio do broncoscópio, o médico é capaz de realizar certos procedimentos terapêuticos.

O paciente deve fazer um jejum de quatro a seis horas antes de uma broncoscopia. Em geral, não é necessário suspender os medicamentos que a pessoa está usando.

Normalmente, o paciente que vai ser submetido à broncoscopia recebe algum sedativo e uma anestesia tópica por spray na base da língua e na orofaringe para minimizar o incômodo da passagem do endoscópio e abolir os reflexos próprios dessa região (vômitos, tosse, contrações, diminuição da frequência cardíaca). O exame não apresenta contraindicações e pode ser realizado mesmo em crianças pequenas.

É um procedimento indolor e rápido (dura cerca de 20 a 30 minutos) e pode ser realizado no regime de hospital-dia, com o paciente sendo liberado para casa no mesmo dia.

O broncoscópio geralmente é um tubo flexível contendo fibras óticas no seu interior, de cerca de cinco centímetros de diâmetro e quarenta centímetros de comprimento.

Ele é introduzido através do nariz do paciente até alcançar as vias aéreas, permitindo a visualização e a atuação no interior delas.

Depois da broncoscopia, com ou sem biópsia, o paciente deve permanecer em observação durante algumas horas e, se alguma amostra de tecido foi colhida, devem ser feitas radiografias do tórax para controlar possíveis complicações.

Na maioria das vezes, a broncoscopia é indicada para complementar o diagnóstico quando há suspeita de câncer brônquico ou pulmonar, mas também pode ser utilizada em outras ocasiões, tais como falta de ar sem causa aparente, eliminação de sangue ao tossir, inalação de corpo estranho, estenose (estreitamento) das vias aéreas e em alguns casos de infecções pulmonares, incluindo pneumonias e tuberculose.

Além da visualização direta de grande parte da árvore respiratória, o broncoscópio permite fazer lavagem broncoalveolar, um procedimento usado para obter amostras das vias aéreas menores, as quais o broncoscópio não alcança, permitindo o exame de células e bactérias do interior da árvore respiratória e contribuindo para diagnosticar alguns tumores ou infecções.

O aparelho também permite a realização de biópsia brônquica, extraindo um fragmento de tecido suspeito. Em alguns casos, é possível realizar certos procedimentos terapêuticos.

Os riscos de uma broncoscopia são pequenos.

Durante o exame ou mesmo depois dele pode haver tosse e a anestesia da orofaringe pode provocar algum incômodo transitório.

O risco maior, quando é retirado algum fragmento para exame, é a perfuração da árvore brônquica, com extravazamento de ar para fora dos pulmões, gerando um quadro clínico chamado de pneumotórax, o qual exige providências médicas posteriores.

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