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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Boca seca ou Xerostomia
A xerostomia (boca seca) (xeros = seco, stoma= boca) não é uma doença, mas um sintoma que na maioria das vezes (mas nem sempre) se deve à diminuição ou falta da saliva que normalmente umedece a mucosa da boca e da língua e banha os dentes. Ela pode afetar os hábitos alimentares, a fala, o paladar, a saúde dentária e gerar mau hálito. Normalmente, cada indivíduo secreta de 1000 a 1500 ml/dia de saliva, quantidade que é regulada pelo sistema nervoso autônomo.
A saliva ajuda na fala e na deglutição, além de ter uma função antisséptica e um papel importante no primeiro passo da digestão dos alimentos. A falta ou deficiência de saliva pode causar também rachaduras na língua, proliferação de bactérias na boca e aumento significativo de cáries dentárias.
Existem várias causas de xerostomia (boca seca): desidratação; respiração predominantemente bucal, uso excessivo de fumo, várias doenças sistêmicas e metabólicas, uso de certos medicamentos (antialérgicos, anticolinérgicos e antidepressivos, entre outros), lesão dos nervos que inervam as glândulas salivares, má higiene bucal e doenças das glândulas salivares (inflamações, tumores, etc.). A xerostomia (boca seca) também pode ocorrer devido à radioterapia em região próxima às glândulas salivares bem como a situações emocionais de estresse.
Em resumo, a xerostomia (boca seca) pode ser causada por um ou mais de três grupos de fatores:
1.Fatores que comprometem o sistema produtor de saliva.
2.Fatores relacionados com a estimulação nervosa das glândulas salivares.
3.Fatores relacionados às glândulas salivares.
Os principais sinais e sintomas da xerostomia (boca seca) são:
•Maior vulnerabilidade da mucosa bucal às infecções.
•Ardência e queimação na língua, bem como atrofia de suas papilas, inflamação, fissuração e rachaduras da mesma. Eventualmente, dor na língua.
•Mau hálito.
Além dos sinais e sintomas clínicos há um teste instrumental capaz de medir a quantidade de saliva produzida, avaliando se há ou não diminuição da salivação (hipossalia). A análise da composição da saliva também auxilia o diagnóstico.
O tratamento da xerostomia (boca seca) deve ser orientado pela sua etiologia. Na maioria dos casos o tratamento é apenas sintomático, envolvendo métodos mecânicos e farmacológicos de aumento da produção de saliva (pilocarpina, sprays umidificadores, certas gomas de mascar, etc.), uso de substâncias substitutas da saliva e maior atenção com os cuidados bucais. Nos casos em que a xerostomia (boca seca) seja consequência de uma doença sistêmica, ela dependerá do tratamento da patologia de base.
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