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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Ressonância Magnética e Emoções
A busca de um substrato anatômico para os transtornos afetivos avançou consideravelmente nas últimas duas décadas graças a técnicas mais precisas e refinadas de novas metodologias de neuroimagem.
Mais recentemente, a ressonância magnética nuclear (RMN) suplantou o uso da tomografia computadorizada (TC) nos estudos em psiquiatria, por não envolver radiação ionizante, gerar imagens de alta resolução anatômica e permitir medidas volumétricas mais acuradas de diversas regiões e estruturas do sistema nervoso central.
Em anos recentes, estudos comparando medidas anatômicas cerebrais entre grupos de voluntários normais e pacientes com transtornos afetivos primários têm demonstrado algumas alterações significativas de potencial relevância para a patofisiologia desses transtornos, tanto regionais quanto generalizadas, questionando a clássica divisão entre doenças psiquiátricas “funcionais” e “orgânicas”.
Baseando-se nesses achados preliminares, pode-se postular um modelo para os circuitos neuronais responsáveis pela expressão e pela regulação das emoções que podem possivelmente estar envolvidos nos transtornos afetivos, abrangendo conexões entre o córtex pré-frontal, o tálamo, o complexo amígdala-hipocampo, os gânglios da base e, possivelmente, o cerebelo.
Esse modelo permite testar novas hipóteses quanto às bases anatômicas dos transtornos afetivos. No presente artigo, apresentamos uma sucinta revisão dos estudos de neuroimagem estrutural nos transtornos afetivos primários, enfatizando as semelhanças e diferenças encontradas entre pacientes com transtorno afetivo bipolar e unipolar.
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