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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O cérebro: um pouco de história da medicina.




A evolução da medicina é profunda nesse último século, não há como contestar, apesar das inúmeras dificuldades sob o ponto de vista social e político, quando se pensa no atendimento médico propriamente dito.

Mas, o campo científico é, de fato, fascinante e a pesquisa sobre esse órgão fantástico que é o cérebro vem se aprofundando mais e mais, particularmente em função das potencialidades inerentes às imagens que efetivamente demonstram seu funcionamento em determinadas circunstâncias.

As pesquisas sobre o cérebro são demonstradas em épocas remotas, como são encontrados em documentos de 2500 anos A.C. sobre a trepanação (abertura de orifícios no crânio) para, provavelmente, tratar doenças como a epilepsia, ou, ainda, por razões 'espirituais'.

Por volta de 1543 D.C. o médico europeu Andreas Vesalius publicou o primeiro livro de que se tem notícia no mundo moderno de anatomia com ilustrações detalhadas do cérebro humano.

Tomas Willis, em torno de 1664 escreveu um atlas do cérebro que localizava as suas diversas funções ligadas a determinadas áreas do órgão.

O físico italiano Luigi Galvani descobre a base elétrica da atividade do sistema nervoso no ano de 1791.

Próximo a 1849 o físico alemão Hermann von Helmholtz mediu a velocidade de condução neural e desenvolveu a tese de que a percepção depende de 'interferências inconcientes' (nossa! o cidadão já era, digamos, espírita!).

Em 1850 o físico alemão Franz Joseph Gall funda a frenologia, técnica que atribui diferentes características a áreas específicas do crânio.

Entre 1862 e 1874 os pesquisadores Broca (lê-se 'Brocá') e Wernicke descobriram as duas áreas do cérebro ligadas à linguagem.

O cientista italiano Camillo Golgi descobre a possibilidade do uso de nitrato de prata para a observação dos neurônios. Publicou sua descoberta em 1873 e ganhou o prêmio Nobel em 1906, pela sua descoberta.

Em 1889 Santiago Ramón y Cajal propõe, na obra A doutrina do neurônio, que eles - os neurônios - são elementos independentes e unidades básicas do cérebro. Divide o prêmio Nobel de 1906 com Golgi.

Sigmund Freud, em 1900, abandona a neurologia por estar desenvolvendo teorias referentes à psicofisiologia e à psicanálise.

Em 1906 dois fatos marcantes: Santiago Ramón y Cajal descreve como os neurônios se comunicam e Alois Alzheimer descreve a degeneração pré-senil do cérebro.

O fisiologista britânico Henry Hallett Dale isola a 'acetilcolina', o primeiro neurotransmissor descoberto, em 1914. Ganha o prêmio Nobel de 1936.

Hans Berger desenvolve os primeiros eletroencefalogramas em 1924.

Em 1934 o neurologista português Egas Moniz executa a primeira leucotomia. Ele inventou, também, a angiografia do cérebro.

O italiano Vittorio Ersparmer identifica o neurotransmissor serotonina em 1935.

Entre 1970 e 1980 é desenvolvida a tecnologia de escaneamento do cérebro. Nesse período surgem o PET scan, o SPECT, o IRM (ressonância magnética) e o MEG.

Década de 90: avanços imensos nas áreas de imageamento do cérebro, que permitiu uma série enorme de descobertas, que levou a chamar esta década de década do cérebro.

Em 1992 Giacomo Rizzolatti descobre os 'neurônios-espelho', com importante papel na empatia e sociabilidade.

O português antônio Damásio distingue partes do cérebro associadas ao processamento de emoções e sugere que elas influenciariam de forma decisiva na memorização, em 1995.

Elisabeth Golf, da Universidade de Princeton, demonstra que a formação de novos neurônios (neurogênese) acontece no cérebro de macacos, no ano de 1997. No ano 2000 estudos comprovam que o processo também acontece em cérebros humanos até o final da vida.

Anos 2000: Cada vez mais estudos reforçam a teoria da neuroplasticidade, através da qual o cérebro seria capaz de modificar estruturas e funções ao longo da vida. Esta descoberta derruba a teoria de que o cérebro seria o mesmo desde a infância.

Em 2008 pesquisas com o cérebro em repouso demonstram que algumas regiões do órgão, relacionadas à criatividade e à memória, ficam mais ativas durante o sono.

O brasileiro Miguel Nicolelis faz um macaco movimentar um braço robótico, através de seu pensamento, no ano de 2011;

Finalmente, no ano de 2012, cientistas de várias universidades testam dispositivos para 'leitura da mente', através de softwares que permitiriam decodificar sinais do cérebro e possibilitar a comunicação, trazendo esperanças para pessoas que perderam a fala e os movimentos.

UFA!

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