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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Mononucleose infecciosa





Mononucleose infecciosa ou doença do beijo

A mononucleose infecciosa é uma doença infecciosa, como o próprio nome diz, em que o sangue apresenta um número aumentado de leucócitos de um só núcleo. Incide mais entre jovens de 15 a 25 anos. Como é transmitida principalmente pela saliva, ela é também conhecida como “doença do beijo”.

Seus sintomas são inespecíficos e, por vezes, passam despercebidos. Exames rotineiros de sangue comprovam que cerca de 60% das pessoas adultas têm ou tiveram essa infecção, mas a maioria desconhece esse fato. Geralmente, manifesta-se de forma aguda e benigna e tem uma taxa de mortalidade muito baixa.

Mais comumente a mononucleose infecciosa é causada pela infecção pelo vírus Epstein-Barr (da mesma família do vírus do herpes) ou pelo citomegalovírus. Ela pode ser contraída através da ingestão de alimentos contaminados (carnes mal passadas, sushi, etc) e por frutas, legumes e verduras ou louças mal lavadas, mas geralmente é transmitida pela saliva da pessoa contaminada, penetrando pela orofaringe do receptor.

O vírus causador da mononucleose é pouco resistente às condições ambientais e por isso sua transmissão supõe um contato físico íntimo entre as pessoas. Como os sintomas só começam a aparecer cerca de um mês e meio após o contágio, nem sempre é possível correlacionar as duas coisas.

Os sintomas da mononucleose infecciosa são parecidos com os da gripe, embora não apareçam os componentes respiratórios. Entre seus sintomas mais chamativos estão:

• Febre alta.

• Sono em excesso.

• Falta de apetite e de sede.

• Aumento de volume de gânglios do pescoço e das axilas.

• Dor de garganta.

• Dor ao engolir.

• Comprometimento do fígado, baço e medula óssea.

Pode haver formação de placas brancas e exsudato na garganta e na faringe, lembrando a candidíase ou a difteria. Em alguns casos, a febre alta pode persistir por muito tempo, o que causa muita apreensão aos pacientes e a seus familiares. Nos meses que se seguem à doença pode haver leves tonturas, seguidas de uma alimentação ou uma hidratação deficientes.

Muitas vezes a suspeita de mononucleose é feita a partir de um hemograma comum. O diagnóstico médico de certeza é feito por exame de sangue mais específico. Como os sintomas podem ser leves ou serem confundidos com outras viroses comuns, só quando as pessoas fazem esse exame ficam sabendo que no passado já foram infectadas e tiveram a doença. O dado diagnóstico mais constante da mononucleose é o grande aumento dos linfócitos no sangue e a aparência anormal de muitos deles (“linfócitos atípicos”).




Não existe cura ou vacina para a mononucleose infecciosa; a doença é autorresolutiva.

O tratamento se resume em repouso, reforço das defesas orgânicas e medicações sintomáticas (analgésicos e antipiréticos), além de tratamento de eventuais quadros que ocorram simultaneamente, como infecções respiratórias bacterianas, por conta da baixa imunidade temporária.

Como não há vacina contra a mononucleose infecciosa, não há como prevenir a doença. É aconselhável que as pessoas não tenham vários parceiros de beijos, como costuma acontecer nas “baladas” atuais de jovens.

Geralmente a doença se resolve sozinha em cerca de duas semanas, em alguns casos pode perdurar por meses.

Embora raramente isso aconteça, a mononucleose infecciosa pode evoluir para infecções mais graves, como encefalites, meningites, pericardites, hepatites ou tornar-se uma doença crônica.

Em pessoas com imunodepressão pode haver uma evolução para o câncer linfático.

Mesmo depois do desaparecimento dos sintomas o vírus ainda pode ser transmitido por cerca de um ano a um ano e meio.

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