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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Hepatite C




Uma pesquisa norte-americana descobriu como o vírus da hepatite C sobrevive no corpo humano e mostrou como um novo medicamento pode funcionar no combate à doença.

Os médicos estimam que a maior parte dos pacientes passe meses ou até anos com a enfermidade sem que os sintomas se manifestem. Muitos não sabem que estão infectados. A longo prazo, a hepatite C provoca doença crônica do fígado e aumenta o risco de câncer.

O vírus usa material das células humanas para garantir sua sobrevivência. Ele liga uma molécula de suas células, chamada de "microRNA", a outra parecida das células do fígado humano. Com essa ligação, o vírus se estabiliza, se redroduz no fígado e mantém seu ciclo de vida.

“É um exemplo clássico de como os vírus subvertem funções normalmente benéficas da célula para seus próprios propósitos execráveis”, comentou o pesquisador Stanley Lemon, da Universidade da Carolina do Norte, em material de divulgação.

Para quebrar o ciclo de vida do vírus, o estudo publicado numa edição deste ano da revista científica da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a “PNAS”, sugere o bloqueio da molécula do fígado "usurpada" pelo vírus.

Transmissível de várias formas, o vírus da Hepatite C vive até 15 dias dentro do vidro de esmalte!!!!!

A hepatite C é causada por um vírus transmitido principalmente pelo sangue contaminado, mas a infecção também pode passar através das vias sexual e vertical (da mãe para filho). O portador do vírus da hepatite VHC pode desenvolver uma forma crônica da doença que leva a lesões no fígado (cirrose) e câncer hepático.

No Brasil, há cerca de 3 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C. Não há vacina contra a doença.

A hepatite C é assintomática na maioria dos casos, ou seja, o portador não sente nada após a infecção pelo vírus. Em algumas situações, pode ocorrer uma forma aguda da enfermidade que antecede a forma crônica. Nesses casos, o paciente pode apresentar mal-estar, vômitos, náuseas, pele amarelada (icterícia), dores musculares. No entanto, a maioria dos portadores só percebe que está doente anos após a infecção, quando apresenta um caso grave de hepatite crônica com risco de cirrose e câncer no fígado.

O exame de escolha para diagnóstico da hepatire C é a pesquisa de anticorpos contra o vírus da hepatite C, o anti-VHC. Entretanto, muitas vezes, a enfermidade é diagnosticada durante exames de rotina ou durante a investigação de outras doenças.
Pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1993 devem fazer o teste anti-VHC porque, antes dessa data, o sangue das transfusões não era testado nem se conhecia o vírus.

O tratamento consiste na combinação de interferon (substância antiviral produzida por nosso organismo e que combate o vírus da hepatite C) injetável três vezes por semana associado a uma droga (ribaveriva) administrada por via oral por um tempo que varia entre seis meses e um ano. Esses medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo SUS.

Quando não há cirrose instalada, as chances de eliminação total do vírus do organismo variam entre 30% e 70%, dependendo do tipo de vírus, que pode pertencer a dois genótipos: 1 ou não-1.

No início do tratamento, os sintomas são semelhantes aos de uma gripe forte: dores no corpo, náuseas, febre. Perda de cabelo, depressão, vômitos, emagrecimento são outros sintomas possíveis. Ascite (barriga d’água), cansaço extremo, confusão mental podem ser sintomas do estado avançado da doença.

A cura (isso: TEM CURA!) é definida pela ausência de vírus no sangue seis meses depois do terminado o tratamento. As chances variam entre 40% a 60%, dependendo do tipo de vírus.

Recomendações

* Fique longe das bebidas alcoólicas, se é ou foi portador do VHC;

* Não utilize drogas injetáveis;

* Certifique-se de que todo o material utilizado para coleta de sangue seja descartável;

* Verifique se agulhas ou qualquer outro objeto que entre em contato com sangue é descartável ou está devidamente esterilizado;

* Leve seu próprio material quando for à manicure;

* Se quiser engravidar ou estiver grávida, faça o teste para saber se é portadora do vírus da hepatite C;

* Só faça sexo com preservativo;

* Tome as vacinas contra as hepatites A e B, a vacina contra gripe todos os anos e a vacina contra pneumonia, se é portador do VHC.

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