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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Equoterapia






Sempre queremos o melhor para nosso paciente e uma das melhores formas de tratamento é a Equoterapia, o que não dispensa outras.

A Equoterapia ou Equitação terapêutica faz o uso do cavalo para beneficiar nosso paciente ou como os equoterapeutas preferem chamar, nosso praticante. Este é um nome que por ele próprio traduz um dos fatores mais importantes da Equoterapia pois a pessoa interage, participa de seu tratamento e não apenas recebe-o passivamente.

Equoterapia é uma forma de tratamento não ligada apenas à fisioterapia mas sim a uma equipe interdisciplinar, composta por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiologista, psicólogo, médico, educador físico, pedagogo, veterinário, professor de equitação, zoologista, enfim, todos os profissionais ligados à saúde, educação e equitação, que visa o tratamento biopsicosocial de forma global e não segmentada como é a maioria dos tratamentos.

Existe uma explicação no porquê do uso do cavalo e é claro um animal adequado a ser utilizado. O mais indicado é um animal acima de cinco anos de idade, que tenha entre 1,40 e 1,50 metros de altura, dócil, bem aprumado, com uma andadura ritmada, cadenciada, simétrica e macia, pois assim sendo o cavalo ao andar promove ao cavaleiro um movimento tridimencional, para frente e trás, para os lados, para cima e para baixo e também um componente rotacional.

Todos estes movimentos por si só são de extrema importância, são estímulos que geram de 1 à 1,25 ajustes tônicos por segundo (somando um total de 1800 à 2250 ajustes tônicos durante uma sessão que tem duração de trinta minutos) e muito se assemelham aos movimentos que ocorrem no corpo humano durante a marcha. Além disso o cavalo possui cheiro, cor, som, e diferentes texturas o que também serve como estímulos ao nosso praticante. É certo então que o passo do cavalo já traz benefícios mas não basta apenas montar o nosso praticante e fazer o animal andar, podemos fazer muito mais.

Como fisioterapeutas podemos lançar mão de técnicas específicas e materiais diversos com fins terapêuticos durante a sessão de Equoterapia, vale da criatividade de cada profissional. Se realizarmos nosso trabalho de maneira correta, eficaz, podemos ter diversos ganhos como: melhora do tônus, do equilíbrio, da postura, da coordenação, da conscientização corporal, fortalecimento e alongamento muscular, inibição de reflexos anormais, inibição de padrões patológicos, entre outros. Além do trabalho no picadeiro, cabe ainda ao fisioterapeuta dentro de uma equipe de equoterapia, avaliar e reavaliar os praticantes, interpretar diagnósticos, analisar quadros clínicos, orientar a equipe nos estudos de caso, orientar os pais, traçar planos de sessão com objetivos específicos para cada praticante e demonstrar técnicas de manuseio aplicáveis durante o tratamento.

Algumas indicações para o tratamento de equoterapia são:

- Traumatismo crânio-encefálico;
- Traumatismo raqui-medular;
- Síndrome de down;
- Atraso na fala e cognição;
- Acidente vascular cerebral;
- Atraso no desenvolvimento;
- Encefalopatia crônica não-progressiva;
- Autismo infantil;
- Depressão;
- Patologias ortopédicas congênitas ou adquiridas;
- Disfunção sensório motora;
- Outras...

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