Pesquisar este blog

domingo, 19 de agosto de 2012

Quando se indica o tratamento e/ou medicamentoso em questões emocionais ?




Antigamente dizia-se que todos os quadros de natureza "neurótica", ou seja, aqueles que eram conseqüência de algum problema vivencial, alguma experiência traumática, alguma fase de estresse, deveriam ser tratados exclusivamente com psicoterapia, ou seja, sem medicamentos.
Dizia-se ainda, que todos os quadros ditos "endógenos", ou seja, que apareciam independentemente das vivências, como as psicoses e as depressões graves, deveriam ser exclusivamente tratados com medicamentos.

Hoje, entretanto, sabemos que a indicação para terapia ou para tratamento medicamentoso deve ser avaliada caso-a-caso. De um modo geral, a associação medicamento-psicoterapia parece ser mais eficiente para os transtornos emocionais do que qualquer um desses tratamentos isoladamente.

Muitas vezes os medicamentos são indispensáveis e insuficientes (sem eles não dá para tratar e só com eles também).
Excluindo-se os surtos agudos, onde o juízo crítico está seriamente prejudicado, portanto, possivelmente imune à argumentaçào psicoterápica, nos demais estados emocionais a psicoterapia é bem vinda.

Acontece que, por razões práticas (e econômicas), o tratamento medicamentoso parece ser uma das únicas opções para um grande número de pacientes e, felizmente, com os avanços tecnológicos da ciência farmacêutica, os medicamentos estão ficando cada vez mais isentos de efeitos indesejáveis.

Quanto tempo pode durar o tratamento psiquiátrico ?

Para responder adequadamente esssa pergunta há necessidade de saber se o paciente ESTÁ "nervoso", ou se ele É "nervoso". Também é igualmente importante, no caso da pessoa ESTAR "nervosa", saber se a situação existencial que a levou ao transtorno ora tratado, continuará indefinidamente ou se pretende resolver-se.

Evidentemente, SER "nervoso", corresponde a SER hipertenso, SER míope, SER reumático, SER diabético, SER epiléptico e assim por diante, ou seja, são pessoas para as quais a medicina encontrou recursos capazes de controlar suas doenças de modo a viverem o mais próximo possível do normal. Portanto, o tratamento será crônico, na exata proporção da cronicidade de sua doença.

Caso a pessoa ESTEJA atravessando uma fase ruim, doentia, alterada, com início bem delimitado na vida (há 1 ano, há 1 mês, há seis anos, etc), há enorme probabilidade da pessoa tomar esse medicamento por um período definido.

Normalmente os tratamentos psiquiátricos de quem ESTÁ passando por uma fase ruim gira em torno de 1 ano. Apesar do alívio dos sintomas aparecerem já no segundo mês de tratamento, interrompendo-se o tratamento precocemente há probabilidade dos sintomas retornarem.

Nenhum comentário: