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domingo, 29 de julho de 2012
Alucinação e delírio
Os sinais e sintomas chamadosa psicóticos, também conhecidos como sintomas positivos da psicose são, principalmente, as Alucinações e os Delírios. Vejamos o que significam:
Delírio
Uma descrição demasiado fácil do delírio seria dizer: o delírio é uma convicção errônea não-corrigível. Mas, seria preciso lembrar que nem toda convicção errônea não-corrigível é um delírio.
Se essa convicção se relacionar com falta de cultura ou erudição, com a falta de conhecimentos ou de inteligência, então não será um delírio, seria mais uma ignorância. Tampouco será delírio aquelas representações errôneas que se originam de sentimentos compreensíveis.
Se o amante, por exemplo, está convicto da perfeição da amada imperfeita não se trata de idéias delirantes. As convicções filosóficas ou religiosas também não são delírios, mesmo que muitas pessoas as considerem errôneas, elas devem ser classificadas como idéias supervalorizadas.
Se desejarmos qualificar o delírio como um erro, é preciso que se trate de um erro não ambíguo, nem justificável, nem circunstancial e nem, muito menos, emocional. Deve tratar-se sim de um erro que está em oposição visível à realidade objetiva dos fatos. No Delírio ocorre alteração do conteúdo do pensamento, mas não da memória e nem da atenção.
Jaspers define o Delírio com sendo um juízo patologicamente falseado e que deve, obrigatoriamente, apresentar três características:
1. Uma convicção subjetivamente irremovível e uma crença absolutamente inabalável com impossibilidade de sujeitar-se às influências de correções quaisquer, seja através da experiência ou da argumentação lógica;
2. Um pensamento de conteúdo Impenetrável e incompreensível psicologicamente para o indivíduo normal e;
3. Uma representação vivencial sem conteúdo de realidade que não se reduz à análise dos acontecimentos vivenciais.
É irremovível e inabalável porque, diante do paciente delirante não se consegue demover o conteúdo de seu pensamento mediante qualquer tipo de argumentação.
Caso o paciente se deixe convencer pela argumentação lógica razoavelmente elaborada, decididamente não estaremos diante de um delírio, mas de um engano ou de uma formação deliróide.
A argumentação racional e lógica não deve afetar a realidade de quem delira, independentemente da capacidade convincente e da perseverança daquele que se empenhar nesta tarefa infrutífera. Para ser delírio a convicção dever ser sempre inabalável e irremovível.
Alucinação
Alucinação é a percepção real de um objeto inexistente, ou seja, são percepções sem um estímulo externo. Dizemos que a percepção é real, tendo em vista a convicção inabalável que a pessoa manifesta em relação ao objeto alucinado, portanto, será real para a pessoa que está alucinando.
Sendo a percepção da alucinação de origem interna, emancipada de todas variáveis que podem acompanhar os estímulos ambientais (iluminação, acuidade sensorial, etc.), um objeto alucinado muitas vezes é percebido mais nitidamente que os objetos reais de fato.
Tudo que pode ser percebido pode também ser alucinado e isso ocorre, imaginativamente, com maior liberdade de associações de formas e objetos. Na alucinação, por exemplo, um leão pode aparecer de asas, ou um caracol que cavalga um ouriço. O indivíduo que alucina pode ter percebido isoladamente cada umas das formas e, mentalmente, combinado umas com as outras.
As alucinações podem manifestar-se também através de qualquer um dos cinco sentidos, sendo as mais freqüentes as auditivas e visuais. O fenômeno alucinatório tem conotação muito mais mórbida que a Ilusão, sendo normalmente associado à estados psicóticos que ultrapassam a simplicidade de um engano dos sentidos. Na Alucinação o envolvimento psíquico é muito mais contundente que nos estados necessários à Ilusão.
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