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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Tratamento de anemias: uso de suplementos de ferro.




A anemia continua a ser um grave problema de saúde pública entre as crianças em muitas regiões do mundo, ainda não está claro qual estratégia para o tratamento é mais eficaz.

Um estudo publicado no Nutrition Journal avaliou a eficácia e a aceitação de crianças a várias estratégias reconhecidas para tratar a anemia.

577 crianças não amamentadas com 6 a 43 meses de idade foram selecionadas para o estudo; 267 apresentavam anemia (hemoglobina <11.7g/dL), e 266 delas foram randomizadas em 5 grupos para receber diariamente: um suplemento de ferro (SF), um suplemento de ácido fólico e ferro (SFF), um suplemento de micronutrientes múltiplos (SMM), um alimento fortificado com micronutrientes complementares (AF), água fortificada com zinco, ferro + ácido ascórbico (AGF). O teor de ferro de cada dose diária foi de 20, 12,5, 10, 10 e 6,7 mg, respectivamente.

Todos os tratamentos aumentaram significativamente a Hb e concentração de ferro total, a ferritina não se alterou significativamente. Grupos SMM, SF e SFF aumentaram a Hb e o ferro total, significativamente mais do que AF. A prevalência de anemia foi reduzida em maior medida nos grupos de SMM e SFF (72% e 69%, respectivamente) do que no grupo AF (45%) (p <0,05). Não houve diferenças significativas na antropometria ou no número de episódios de diarreia e infecções respiratórias entre os grupos de tratamento Os suplementos SMM e SF foram menos aceitáveis para as crianças do que SFF, AF e AGF.

Concluiu-se que SFF e SMM aumentaram mais a Hb do que o AF. Os suplementos que continham micronutrientes (SFF e SMM) foram mais eficazes para reduzir a prevalência de anemia. Em geral, os alimentos fortificados foram mais aceitos pelos participantes do estudo do que os suplementos.

Não se trata de substituir o tratamento através do uso de alimentos "ricos em ferro", mas sim de racionalizar a administração de medicamentos que tenham efetivo potencial de curar a anemia em médio e longo prazo.

Fonte: Nutrition Journal, Volume 40, Issue 9, 201

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