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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Pancreatite





A pancreatite é um processo inflamatório do pâncreas, agudo ou crônico, de variadas causas. Esta patologia pode melhorar sem deixar sequelas ou evoluir para casos mais graves, com possibilidade de levar à morte.

O pâncreas, além de produzir insulina e lançá-la na corrente sanguínea, secreta várias enzimas que atuam na digestão lançadas no intestino através do ducto pancreático. Quando essas enzimas não são excretadas e se acumulam no pâncreas, ele começa a "digeri-las", acarretando sérias consequências. Estas enzimas podem cair na circulação e lesar outros órgãos como pulmões, coração, rins, etc.


As causas da pancreatite são variadas e, em algumas ocasiões, difíceis de determinar. As mais comuns são: cálculo da vesícula biliar e consumo excessivo de álcool. Outras causas menos comuns são o uso de determinados medicamentos, infecções virais e traumatismos.

Muita gente acha que somente o fígado é o grande prejudicado pelo consumo excessivo de álcool, mas o pâncreas, por conta da pancreatite está efetivamente muito relacionado com ele, além de outros órgãos, como o cérebro, o coração e os rins.


Os sintomas da pancreatite podem ser agudos ou crônicos.

Na forma aguda, os sintomas mais comuns são:

• Dor abdominal intensa e de início abrupto que pode irradiar para as costas. A dor é chamada "dor em barra", pois toda a parte superior do abdome dói.
• Náuseas e vômitos.
• Dificuldade de eliminação das fezes e da urina.
• Icterícia (ou "amarelão") também pode estar presente.


Nas formas crônicas podem ocorrer, além dos sintomas citados:

• Diarreia com eliminação de gordura (fezes que bóiam no vaso e são brilhantes).
• Sinais e sintomas de hiperglicemia (são os sinais e sintomas do diabetes mellitus).

Além da história clínica e do exame físico do paciente, o médico pode valer-se das dosagens da lipase e da amilase (enzimas pancreáticas), de uma tomografia computadorizada ou da ecografia abdominal.


Há casos leves que podem ser tratados em casa, outros requerem internação hospitalar e cirurgia.

Ainda não existe um medicamento específico para tratar a inflamação do pâncreas. Por isso, é necessário deixar o órgão em repouso, ou seja, dependendo do caso, pode ser necessário jejum absoluto.

O tratamento visa diminuir as secreções, as enzimas e os mediadores inflamatórios pancreáticos, adequar a alimentação e adotar medidas gerais de suporte (analgésicos, hidratação, etc.).

Em casos de cálculos biliares, pode ser necessária a retirada dos mesmos.

Nas pancreatites crônicas, pode ser necessário fazer a reposição oral de enzimas pancreáticas.


O diagnóstico correto e o tratamento precoce são fundamentais para o sucesso no tratamento.

Procure um médico (clínico geral, endocrinologista, cirurgião geral) para avaliar os seus sintomas.

Os casos leves curam sem sequelas. Casos mais severos podem deixar sequelas que impõem limitações à vida do indivíduo (hiperglicemia, dificuldades de digestão, etc.).

As sequelas estão relacionadas aos processos de cicatrização da inflamação pancreática. Alguns casos especialmente graves podem levar à morte.

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