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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Relógio Biológico




Existe dentro de nós um “relógio biológico” que nos mostra que há hora adequada para dormir e para acordar e todos sabemos que quem tem hábitos notívagos aumenta a possibilidade de envelhecimento precoce, justamente por contrariar esse relógio interno que o organismo possui.

A punição por desrespeitá-lo é natural, uma reação a uma ação, já que nenhum de nós consegue sair impune pelo menos nesta situação.

Há um ciclo chamado circadiano, conduzido pela produção e liberação de hormônios, particularmente pelo cortisol, de responsabilidade da supra-renal, órgão que como o próprio nome sugere, fica acima dos rins.

A medicina chinesa relata este ciclo com ainda mais detalhes e impressiona com uma riqueza de informações afirmando que cada órgão tem uma espécie de faixa de horário no qual “suas energias” seriam predominantes sobre os demais órgãos do corpo.

Assim, conceituado que o primeiro ciclo seria das três às cinco da manhã com a predominância do pulmão e a cada duas horas trocando de órgão, na seqüência de intestino grosso, estômago, baço-pâncreas, coração, intestino delgado, bexiga, rins, circulação-sexualidade, triplo aquecedor, vesícula biliar e fígado, já no fechamento do ciclo como um todo.

Entende a medicina chinesa que quem apresente dificuldades do trato respiratório, como a asma, fica mais vulnerável nas duas horas de predominância da energia do pulmão, isto é, entre três e cinco da manhã de todos os dias.

Observe no ciclo relatado que a energia do estômago é mais intensa entre sete e nove da manhã, especificamente a faixa de horário na qual seria mais adequada a primeira refeição do dia.

A referência “baço-pâncreas” é milenar no conhecimento da medicina chinesa tradicional e extrapola a questão anatômica, prendendo-se às questões de ordem puramente funcional e energética.

Neste caso, dá para notar que esta referência está com seu maior fluxo de energia entre nove e onze da manhã, faixa de horário na qual há uma maior função para transportar e transformar os alimentos que deveriam ter sido ingeridos no ciclo anterior.

Entre onze e treze horas o predomínio é do coração, hora do sol a pique, de maior intensidade natural de calor.

Não deveria ser horário de refeição farta, de ginástica e de atividades intensas. Mas costuma ser para o povo ocidental.

Hipertensos, cardiopatas, pessoas avermelhadas e irritadiças deveriam evitar excessos neste período do dia. O almoço deve ser leve, com alimento de sabor amargo (ligado energeticamente ao coração), como chicória, couve, acelga, alface ou jiló, acompanhado de um cereal, como arroz, milho ou trigo e um tipo de leguminosa como o feijão.

Para quem seja cético vale experimentar dormir mais cedo, acordar mais cedo, tentar fazer o intestino funcionar pela manhã, alimentar-se adequadamente em seguida, não fazer exercícios ou refeição pesada na hora do almoço, para tentar viver um pouco melhor e um pouco mais.

Quem não se alimenta pela manhã é mais suscetível a hipoglicemias.

Já em 1988, numa pesquisa elaborada em Massachusetts, foi demonstrado que há uma área do cérebro que é responsável pelo controle do sono, da vigília e pelos horários de melhor funcionamento de cada função dos órgãos do nosso corpo.

Não se trata somente de uma questão energética ou mística, mas já de um ponto de vista científico para a medicina atual, o ponto de vista de que há necessidade de respeitar o ciclo de nosso organismo.

Excessos não são bem-vindos, nem mesmo na questão de horário.

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