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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Radicais Livres





Substâncias produzidas dentro de nossas células que derivam das reações bioquímicas absolutamente comuns e necessárias para o adequado funcionamento da célula.

Poderíamos compará-los com a serragem que sobra do trabalho de uma marcenaria, sendo potencialmente perigosos, pois têm poder de envelhecer as próprias células, graças à sua instabilidade, já que não são balanceadas em termos de elétrons, pois para isso precisam “capturar” elétrons de outras moléculas, com potencial de destruí-las, sejam elas proteínas ou mesmo o DNA, causando, portanto, danos.

O organismo tem um mecanismo de reparação que recompõe, por exemplo, o próprio DNA e se assim não fosse, as células poderiam apresentar alterações como multiplicação desregulada, que nada mais é do que a base do crescimento tumoral, ou mesmo a morte celular ainda mais precoce.

Os radicais livres agridem as células de gordura, roubando um elétron, deixando-as instáveis e fazendo com que elas procurem o elétron faltante na célula ao lado, provocando o que se chama de “peroxidação das gorduras”, gerando envelhecimento precoce em nível celular.

Eles também estão diretamente relacionados com a deposição de gorduras nas paredes das artérias e lesões degenerativas das artérias e doenças cardiovasculares.

Mas, o que pode causar; o que pode produzir radicais livres? Há uma lista grande de fatores, mas os mais importantes são os seguintes:

• Poluição do ar
• Tabagismo
• Estresse físico
• Estresse psíquico
• Atividade física exagerada
• Dietas exageradas em proteínas e gorduras
• Alcoolismo
• Excessiva exposição ao sol

Nosso organismo tem suas defesas naturais, é verdade, através de “enzimas” que eliminam os radicais livres, ao transformá-los em água e oxigênio inócuo.

Mas quando esses radicais são acumulados, o organismo passa a envelhecer mais rapidamente e a perder eficiência nas suas funções habituais, dificultando ainda mais a eliminação dos radicais livres, o que gera um círculo vicioso de perda de efetividade e envelhecimento.

A exaustão física ou mental, o erro na alimentação, o consumo exagerado de álcool, o tabagismo, uso de medicamentos não apropriados, a exposição a radiações – como os raios ultravioletas, os poluentes ambientais diversos, todos geram o chamado estresse oxidativo, que geram ou mantém o desequilíbrio orgânico, com abundante produção de radicais livres.

Mas existem antioxidantes, que são substâncias que estabilizam os radicais livres, regulando as funções corpóreas.

Eles podem ser do próprio organismo (endógenos) ou vindo de fora dele (exógenos), que são ingeridos ou administrados com esta finalidade.

Entre os exógenos, temos a Vitamina C, que é um potente antioxidante, além de auxiliar na absorção de ferro e é fundamental para a formação do colágeno, presente por todo o corpo, sendo encontrada em muitos vegetais, onde também encontramos os Polifenóis, que são pigmentos encontrados na natureza, pertencendo a esta categoria a quercetina, os flavonóides, as anticianidinas e antocianinas.

A Vitamina E tem, como uma das funções, combater a peroxidação das gorduras, que já citamos anteriormente, além de auxiliar na formação de glóbulos vermelhos e proteger a pele dos raios UV, vindos do sol.

A Vitamina A é proveniente de um grupo de pigmentos de cor vermelha, laranja e amarelo presentes no mundo vegetal e o retinol, que se encontra na carne dos animais herbívoros, ou na gema de ovo. Ela é responsável por várias funções orgânicas, favorecendo, particularmente a nutrição e a resistência da pele e das mucosas, especialmente dos olhos, intestino e pulmões.

O Selênio também é capaz de combater os danos causados pelos radicais livres, protegendo a pele, os olhos e os cabelos, contribuindo para fortalecer o sistema imunológico e reduzir os riscos de câncer do intestino, dos pulmões e da próstata. É encontrado em peixes, frutos do mar, levedo de cerveja, germe de trigo, arroz, cogumelos, nozes e alho.

O Cobre é um mineral que tem várias funções no organismo, contribuindo para transformar os radicais livres em água oxigenada, promovendo sua neutralização, além de auxiliar incorporação do ferro à hemoglobina. É encontrado nas carnes, nozes, cereais e legumes.

O Zinco está presente em músculos e fígado, além de fazer parte integrante dos ossos e dos dentes. Tem diversas funções que fazem ser possível que muitas enzimas nos protejam da ação dos radicais livres.

Coenzima Q10: sintetizada pelo próprio organismo, mas a sua ação se reduz com a idade. Tem ação semelhante à da Vitamina E e, além disso, beneficia o sistema cardiocirculatório. São fontes naturais as carnes, peixes, cereais, soja, nozes.

Todas estas substâncias agem em conjunto, como uma equipe. Podemos obtê-las a partir de alimentos ou a partir de medicamentos, tanto faz, mas nada de exagerar, pois nenhum exagero faz bem para a saúde.

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