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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Hipertensão atinge 23% dos brasileiros; os de baixa escolaridade são maioria...




Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde mostra que 23% da população tem hipertensão, uma doença crônica que se não for tratada pode levar ao derrame, insuficiência renal ou problemas cardiovasculares. O trabalho mostra que os índices da doença estão estáveis no País, quando comparado com 2006, mas nitidamente com ocorrência maior entre as pessoas com menos escolaridade.

O fosso fica evidente no grupo feminino: o índice da doença entre as menos escolarizadas é 2,5 vezes maior do que entre as mulheres que passaram mais tempo na escola. Entre aquelas com até oito anos de estudo, 34,8% dizem ter pressão alta. Entre as com 12 anos ou mais de escolaridade, 13,5% revelam ter a doença.

No grupo masculino, o fenômeno se repete. Entre aqueles que apresentam até oito anos de estudo, 30% dizem ser hipertensos. Já entre os que estudaram 12 anos ou mais, o percentual é de 16,2%. A pesquisa, feita com base em entrevistas feitas por telefone com 54.339 adultos nas 26 capitais e no Distrito Federal, está em sua quarta edição. Em 2006, primeiro ano avaliado, a diferença entre grupos também existia, mas em menor proporção.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, atribui a diferença entre os grupos ao acesso à informação. "Engana-se quem acredita que hipertensão é doença de rico", afirmou. Diante dos números, ele diz ser necessário reforçar as medidas preventivas, como ênfase na necessidade de as pessoas adotarem uma dieta mais equilibrada e o incentivo à prática de exercícios físicos. [Bom, dizer isso é fácil, mas em um país como o nosso, de enormes dimensões e com a infra-estrutura que não temos, é DIFICÍLIMO colocar em prática. Para começar, seria MUITO importante reduzir o nível de analfabetismo funcional, de analfabetismo real, de acesso á Educação,de acesso REAL à Saúde Pública, de acesso à Medicina Funcional (Nutricionistas, Educadores em Saúde, Fiioterapeutas...), enfim,dá para MUDAR o que é o SUS de hoje, para aquilo que foi idealizado em sua criação? Dá. Mas é necessário MUDAR a MENTE de muitas pessoas encarregadas dele que "intermedeiam" os processos de gestão, de elaboração e finalização em toda a rede. Para começar, PAGAR decentemente os profissinais da Saúde - não só médicos - para que se sintam recompensados pelo que fazem. E por aí vai uma bela proposta para EDUCAR a população menos esclarecida e mudar o perfil de facilitação de doenças.] essa notação é minha!

Um das estratégias do ministério é auxiliar municípios na criação de infraestruturas para atividade física. A expectativa, de acordo com Padilha, é de que até o fim do ano 100 unidades deste tipo sejam criadas.

texto de Lígia Formenti, do Estadão.com

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