Gotículas de saliva transportam pelo ar uma ameaça capaz de ser mortal. Ali podem flutuar vírus e bactérias por trás da meningite, a inflamação das meninges, finíssimas membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. A versão viral dessa infecção costuma ser branda, não deixando graves seqüelas na massa cinzenta. Já a bacteriana é bem mais perigosa. Uma de suas formas, a meningite meningocócica, chega a matar cerca de 10% dos doentes.
A incidência do mal em todas as suas facetas tende a ser maior no inverno. Não à toa. Nessa estação, todo mundo busca refúgio em locais fechados para se proteger do frio, o que não deixa de ser uma boa oportunidade de ataque para os micróbios culpados pelo problema. Eles se aproveitam das aglomerações para se propagar.
Mas nem tudo são más notícias. Os cientistas levantam pistas que podem, daqui a algum tempo, dar um basta nesses inimigos microscópicos. É o caso de pesquisadores do Imperial College, em Londres, na Inglaterra. Eles identificaram um mecanismo que serve de escudo à bactéria Neisseria meningitidis, o germe que deflagra a meningite meningocócica. São enzimas específicas que resguardam o material genético do micróbio dos danos infligidos pela artilharia de nosso sistema imune.
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terça-feira, 28 de dezembro de 2010
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