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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Para a lombalgia aguda, permanecer ativo pode ser melhor que o repouso no leito.

A recomendação de permanecer ativo contra repouso no leito pode oferecer pequenos benefícios na lombalgia aguda, mas são comparáveis na ciática, de acordo com os resultados de uma revisão publicada online na Cochrane Database of Systematic Reviews.

“Lombalgia aguda é um motivo comum para consulta com clínico geral”, escreveram Kristin Thuve Dahm, do Norwegian Knowledge Centre for the Health Services em Oslo, Noruega, e colegas.

“O debate continua sobre a eficácia comparativa entre a recomendação de repouso no leito e a de permanecer ativo como parte do tratamento primário”.

Para avaliar os resultados das duas condutas, os revisores procuraram o Cochrane Back Review Group Trials Register, CENTRAL, MEDLINE, EMBASE, Sport, e SCISEARCH até maio de 2009. Também procuraram bibliografias dos artigos pertinentes e contataram os autores dos estudos.

Os critérios para inclusão na revisão foram ensaios controlados randomizados para a eficácia de permanecer ativo ou em repouso no leito para pacientes com lombalgia aguda ou ciática, com endpoints primários de dor, status funcional, recuperação e retorno ao trabalho.

Dois revisores extraíram os dados independentemente e determinaram o risco de vieses paa os estudos selecionados, que foram combinados qualitativamente e estatisticamente, como apropriado com base na disponibilidade e apresentação dos dados.

Os 10 ensaios randomizados controlados selecionados tiveram riscos variáveis para viés. Os achados de 2 ensaios envolvendo um total de 401 pacientes com lombalgia aguda sugeriram que a recomendação de permanecer ativo foi associada a pequenas melhoras no alívio da dor (diferença média padronizada [DMP], 0,22; intervalo de confiança [IC] 95% 0,02 – 0,41) e status funcional (DMP 0,29; IC 95% 0,09 – 0,49).

Houve evidência de moderada qualidade de que pacientes com ciática que receberam a recomendação de permanecer em repouso no leito ou de permanecer ativos tiveram pouca ou nenhuma diferença no alívio da dor (DMP -0,03; IC 95% -0,24 – 0,18) ou no status funcional (DMP 0,19; IC 95% -0,02 – 0,41).

Para pacientes com lombalgia aguda, evidências de baixa qualidade de 3 ensaios randomizados controlados envolvendo um total de 931 pacientes sugeriu pequena ou nenhuma diferença entre exercícios, recomendação de repouso no leito ou permanecer ativo.

Para pacientes com ciática, evidências de baixa qualidade de 1 ensaio randomizado controlado envolvendo um total de 250 pacientes sugeriu pequena ou nenhuma diferença entre fisioterapia, recomendação de repouso no leito ou de permanecer ativo.

Várias estratégias para recomendações aos pacientes não foram comparadas em quaisquer dos ensaios identificados.

As limitações dessa revisão incluíram aqueles inerentes aos estudos incluídos, como qualidade da evidência e riscos de viés variados.

“Evidências de moderada qualidade mostram que pacientes com lombalgia aguda podem experimentar pequenos benefícios em alívio da dor e melhora funcional pela recomendação em permanecer ativos, em comparação com a de permanecer em repouso no leito; pacientes com ciática experimentam pouca ou nenhuma diferença entre as duas abordagens”, escreveram os autores do estudo.

“Evidência de baixa qualidade sugere pouca ou nenhuma diferença entre aqueles que receberam recomendação de permanecer ativos, fazer exercícios ou fisioterapia.

É muito provável que estudo adicional tenha um impacto importante na estimativa de efeito e que mude nossa confiança nisso”.

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