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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Confusões

Eu não entendo praticamente nada de leis. Sei nada de leis internacionais. Não poderia dizer algo sobre qualquer tema em legislação, exceto algumas coisinhas que a gente sabe de tanto ouvir em rádio, ler em jornais ou assistir em TV.


Só algumas cousas... Nada de extra. Nem de ordinário.


Mas fico me perguntando, por que cargas d'água um Governo dá asilo político, ou outro tipo qualquer de asilo, para um foragido da justiça de outro País, em nome do povo que este Governo governa, sem que este povo possa efetivamente opinar, fundamentado em opiniões pessoais de alguns juristas, de um Ministro e com o apoio do Presidente deste País, governado por este Governo, sem que este Presidente seja jurista, advogado, bacharel em direito, juiz, desembargador, oficial de justiça ou qualquer outra coisa que o faça entender sobre leis, particularmente as internacionais; asilo este que sabidamente geraria conflitos de interesses entre duas Nações tão amigas?


Não seria mais fácil deixar cada País cuidar de seus próprios crimes?

Caminhada melhora a capacidade funcional em pacientes com doença arterial periférica.

Segundo um estudo publicado em 14 de janeiro no Journal of the American Medical Association, pela Dra. Mary M McDermott (Northwestern University, Chicago, IL) e colaboradores, pacientes com doença arterial periférica com ou sem claudicação intermitente podem beneficiar-se de exercício em esteira supervisionado e treinamento de resistência para membros inferiores.

Um grupo caminhou na esteira três vezes na semana, iniciando com 15 minutos e aumentando para 40 minutos no final da oitava semana mantendo até a 24ª semana. Outro grupo foi randomizado para realizar exercícios de membros inferiores três vezes por semana por 24 semanas, com exercícios de resistência. Ambos os grupos experimentaram melhoras na qualidade de vida.

A autora lembra que a maior parte dos pacientes com doença arterial periférica não apresenta sintomas clássicos de claudicação, sendo que o estudo demonstrou que independentemente da presença de sintomas, os pacientes que realizaram exercícios na esteira apresentaram melhora na qualidade de vida.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

É raro, é raro...

Sempre que eu atendo qualquer paciente com queixa que me lembre infecção urinária, eu digo: "vamos tratar primeiro, depois fazemos os exames para verificar se está tudo bem..."

Pode parecer algum exagero da minha parte, mas, enquanto médico e tendo assistido várias situações difíceis com relação às infecções de aparelho urinário, mesmo não tendo sido eu o médico que houvera atendido os pacientes, já desde o início do meu trabalho, há 28 anos, decidi por não facilitar com esta doença.

Pelo que aconteceu agora, com a modelo capixaba Mariana Bridi, vem ilustrar bem meu receio com a infecção de trato urinário.

Ela teve uma evolução totalmente atípica da doença, é verdade. Foi acometida por uma infecção "diferente", por dois germes "fora do padrão" e perdeu sua vida em função disso.

Suas dores, no início, entretanto, não foram, provavelmente, adequadamente valorizadas, particularmente se atentarmos para o detalhe de que ela teve diagnosticada cólica nefrética (renal), que, em verdade, é um quadro clínico comum na clínica médica diária. Mas só quem está com ela, sabe, de verdade, o quanto ela incomoda e o quanto dói.

Talvez, eu disse talvez, se ela tivesse sua dor mais valorizada, no início do quadro, a evolução fosse favorável para ela. Talvez, eu disse talvez, uma avaliação clínico-laboratorial mais aprofundada, desse respaldo para um tratamento vigoroso, logo de início, e ela não tivesse partido desta Vida.

Evidente, são apenas hipóteses. Mas, de qualquer maneira, fica atento, ou atenta, para problemas urinários. Eles são insidiosos, ladinos, traiçoeiros e, por se tratarem de alterações que ocorrrem em ambiente fechado do organismo humano, carecem de maior atenção do que, por exemplo, uma infecção de pele, que você vê, palpa e pode, de certa forma, ter noção mais adequada de sua evolução.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Realizada uma revisão sobre a associação entre o diabetes mellitus e as doenças reumatológicas.

A associação entre o diabetes mellitus e as diversas patologias osteoarticulares foi tema de uma revisão publicada na edição de janeiro do Current Opinion in Rheumathology. A revisão, de autoria do Dr. Todd Burner e da Dra. Ann Rosenthal do Serviço de Reumatologia da Medical College of Wisconsin e do Zablocki VA Medical Center de Milwaukee, nos Estados Unidos, abordou as principais doenças reumatológicas associadas ao diabetes mellitus. Desde a osteoartrite, tendinite, artrite reumatóide e artrite por depósito de cristais até as doenças menos frequentes, como a artrite de Charcot foram abordadas pelos pesquisadores.

Segundo a pesquisa, mais de 23 milhões de norte-americanos apresentam diabetes mellitus, e o gasto total com esta doença chega à casa dos 174 bilhões de dólares de acordo com as informações disponíveis no site da American Diabetes Association (www.ada.org). Os pacientes com esta doença podem apresentar várias condições osteoarticulares relacionadas com a condição em si ou com suas principais complicações renais, neurológicas ou metabólicas. Um exemplo dessa inter-relação é a elevação que os pacientes diabéticos apresentam de alguns mediadores inflamatórios além do fato de que os produtos finais de glicação avançada, como explicaram os autores, “tendem a se acumular entre as proteínas do tecido conjuntivo, alterando a estrutura e a função da matriz extracelular, assim como a viabilidade celular”. Além dessa elevação dos mediadores bioquímicos, os pacientes diabéticos também têm maior predisposição a ferimentos e uma maior predisposição a infecções. Segundo o Dr. Burner, “o impacto clínico destas alterações permanece pouco conhecido”.

A maior ocorrência de osteoartrite neste grupo de pacientes pode ser atribuível aos produtos finais de glicação avançada, mas também a outras condições comumente associadas ou relacionadas com o diabetes mellitus como obesidade, hipertensão e neuropatia periférica. Além destes fatores predisponentes, os pacientes diabéticos apresentam um risco maior de efeitos adversos às principais drogas utilizadas no tratamento da osteoartrite.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Um dia com 20 litros de água

O balde cheio d'água dançava em minhas mãos. Levantei com dificuldade e despejei uma boa parte sobre a cabeça. Dever cumprido, um banho digno. E ainda restava um fiozinho de água para terminar o dia. O sacrifício de tomar banho a baldes de água fria foi movido por um desafio: passar um dia completo com apenas 20 litros de água.

A quantidade, definida por normas internacionais da Organização Mundial de Saúde e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), é o mínimo de que o ser humano precisa para preservar seu bem-estar físico e dignidade referente à higiene pessoal. Na prática, porém, a história é outra.

Enquanto eu controlava um dos últimos baldes da minha cota diária, um norte-americano acionava mais uma vez o botão da descarga, em seu apartamento em Manhattan. Ao final do dia, ele terá gasto 50 litros só com a descarga - dois dias e meio do meu desafio indo ralo abaixo!

O gasto do cidadão norte-americano médio é de incríveis 575 litros de água por dia, segundo informa o Relatório de Desenvolvimento Humano, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), de 2006, que trata da escassez de água. A média européia fica entre 200 e 300 litros e, aqui no Brasil, gastamos, em média, 180 litros.

A situação na África Subsariana, claro, é bem diferente. Em Moçambique, a população tem acesso a menos de 10 litros diariamente. No Quênia, as pessoas precisam andar quilômetros para conseguir de 12 a 14 litros ao dia. Em época de seca, quando os rios encolhem, esse número cai bastante.

A falta de água é problema sério em um planeta sedento e desigual. Ao fim do dia do meu desafio, 4.900 crianças menores de 5 anos morreram de diarreia no Quênia. A doença, segunda maior assassina de crianças em todo mundo, tira a vida de 112 bebês quenianos a cada mil que nascem.

A relação acesso à água e doenças é bastante clara. "Com o aumento da oferta de água no Nordeste brasileiro, a mortalidade infantil caiu drasticamente na região", confirmou o coordenador de Ciências Naturais da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco/Brasil), Celso Schenkel. Segundo ele, 1,1 bilhão de pessoas em todo o mundo ainda não contam com o fornecimento de água potável e estão sujeitas a enfrentar doenças mortais ou viver sem a dignidade de um banho.

Pensei nisso ao enfrentar 24 horas com meros 20 litros de água. Separei minha cota em um engradado, para ter o controle exato. Reservei em uma garrafa pet dois litros exclusivos para minha hidratação e fui à luta.

Por Murilo Alves Pereira
Especial para o UOL Ciência e Saúde

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

TOXOPLASMOSE => só para lembrar...

Sinônimo:
Doença do gato.
O que é?
Trata-se de doença infecciosa causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii. Este protozoário é facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em grande número de mamíferos e pássaros no mundo todo.
A infecção nos humanos é assintomática em 80 a 90 % dos casos, isto é, não causa sintomas, e pode passar desapercebida naqueles pacientes cuja imunidade é normal. As defesas imunológicas da pessoa normal podem deixar este parasita “inerte” no corpo (sem causar dano algum) por tempo indeterminado.
No entanto, quando esta pessoa tornar-se imunodeprimida (com as defesas imunológicas diminuídas) por qualquer razão (AIDS, secundária a remédios usados para transplantados ou mesmo após uma doença muito debilitante) os sintomas e a doença toxoplasmose pode se manifestar.
Outro período particularmente de risco para se adquirir a infecção é durante a vida intra-uterina, da gestante para o feto (transmissão vertical). O feto pode ter afetada a sua formação quando contaminado.
Como se adquire a doença?
De quatro formas:


Por ingestão de cistos presentes em dejetos de animais contaminados, particularmente gatos, que podem estar presentes em qualquer solo onde o animal transita. Mais comum no nosso meio.

Por ingestão de carne de animais infectados (carne crua ou mal-passada), mais comum na Ásia.

Por transmissão intra-uterina da gestante contaminada para o feto (vertical).

Uma quarta forma de transmissão pode ocorrer através de órgãos contaminados que, ao serem transplantados em pessoas que terão que utilizar medicações que diminuem a imunidade (para combater a rejeição ao órgão recebido), causam a doença.