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quinta-feira, 23 de outubro de 2008




A Secretaria de Estado da Saúde lançou terça-feira, dia 21 de outubro, o Plano Estadual de Prevenção e Controle das Hepatites Virais. O objetivo é implementar ações para evitar o contágio e reduzir internações e mortes em decorrência da infecção pelas hepatites B e C nos municípios paulistas. O investimento previsto é de R$ 8 milhões ao ano.

Entre as metas estabelecidas para os próximos quatro anos está a de vacinar 90% dos adolescentes de todo o Estado contra a hepatite B, ampliar em 50% a detecção da infecção pelo vírus da hepatite C e em 60% a notificação de casos novos.

Em janeiro de 2009, mês de férias escolares, a Secretaria fará campanha específica de vacinação entre jovens de 11 a 19 anos. Também no próximo ano está prevista a capacitação de profissionais de saúde do Estado para aprimorar a interpretação dos exames sorológicos, ampliar a notificação dos casos de hepatite diagnosticados e melhorar a qualidade dos dados preenchidos nas fichas de notificação.

Até 2010 a Secretaria pretende, em parceria com os municípios, fortalecer uma rede de diagnóstico e atenção às hepatites, com triagem nos postos de saúde e tratamento nos hospitais de média e alta complexidade, além aprimorar de sistemas de referência e contra-referência para controle e prevenção da doença em todas as regiões do Estado. Será criado, ainda, um banco de dados para que a Secretaria saiba o real número de pacientes em tratamento.

Para o próximo ano também será desenvolvido trabalho de comunicação específico para mobilizar os paulistas em torno do assunto e ampliar a procura por exames de diagnóstico e pela vacina contra a hepatite B, que está disponível na rede pública para crianças e jovens até 19 anos. O plano contempla, ainda, o desenvolvimento de projeto específico para evitar a transmissão da hepatite C entre usuários de drogas.

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Esse plano estadual tem como objetivo ampliar as ações de diagnóstico, prevenção e controle para quebrar a cadeia de transmissão e evitar que essas doenças evoluam para quadros de cirrose ou câncer de fígado, que podem ser fatais.

Estudo de prevalência aponta a existência de aproximadamente 400 mil pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B e de 500 mil pelo da hepatite C em todo o Estado. Entretanto até 2007 foram notificados cerca de 5% de casos dessas hepatites em relação ao total estimado. As principais causas de transmissão são o uso de drogas e o sexo sem proteção.

São Paulo foi um dos primeiros estados no Brasil a introduzir a vacinação de recém-nascidos contra a hepatite B ainda na maternidade. Em 2006 o Estado também foi pioneiro no retratamento com Interferon Peguilado dos pacientes que não responderam à medicação convencional usada para hepatite C, além de introduzir o Adevofir no tratamento de pacientes com o vírus do tipo B.

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