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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Alzheimer: algumas anotações mais recentes...



A Doença de Alzheimer's (DA), uma forma de demência, é uma doença degenerativa do cérebro, que altera a memória, o pensamento e o comportamento.

As alterações de memória são uma característica necessária para formar o diagnóstico neste tipo de demência. Mudança em uma das seguintes áreas, também, necessita estar presente: linguagem, habilidade para fazer e decidir, julgamento, atenção e outras áreas da função mental e da personalidade.

O progresso da da doença é diferente em cada paciente. Se a DA se desenvolve rapidamente, no início, é provável que continue a se desenvolver rapidamente até o final. Se o início é lento, geralmente o desenvolvimento da doença também é lento.

Quanto mais velho o paciente, maior o risco de desenvolver DA. Há, também importância na história familiar, isto é, se há alguém na família portador da doença, há maiores probabilidades de que outras pessoas a desenvolvam na mesma família.

Outros riscos:
• História prolongada de hipertensão arterial
• História de trauma craniano
• Altos níveis de homocisteína (um componente sangüíneo que colabora para o surgimento de problemas cardíacos, depressão e DA)
• Gênero feminino – em função das mulheres viverem mais que os homens, estão mais sujeitas ao surgimento da DA

Existem, pelo menos, dois tipo de DA – de início precoce e de início tardio. No primeiro caso, os primeiros sintomas surgem antes dos sessenta anos de idade. É uma quadro bem menos freqüente, cerca de 5 a 10% dos casos. Entretanto o desenvolvimento costuma ser bem mais rápido.

A causa da DA ainda não é conhecida mas há indicações claras das predisposições genéticas e interferência dos fatores ambientais. O diagnóstico é fundamentado nas caracteríscas e sintomas e na exclusão dos outros tipos de demência.

As primeiras teorias passaram justificando o surgimento da DA pelo acúmulo cerebral de alumímio, chumbo, mercúrio, e outras substâncias, mas atualmente não são mais aceitas.

A única maneira de se ter certeza do diagnóstico a através da análise microscópia de cortes cerebrais, o que é inviável em pessoas vivas. O tecido cerebral mostra, em análise microscópica após a morte, fragmentos de proteínas neuro-fibrilares entre os neurônios, que promovem um “isolamento” destes e mostram, também, as chamadas “placas senis”, que são áreas nas quais há acúmulo de tecido morto, também em torno dos neurônios. Embora isso também ocorra em pessoas normais, são muito mais expressivas em pacientes com DA.

Entretanto, auxiliam no diagnóstico a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética do crânio.

A destruição dos neurônios leva a uma queda na produção de neurotransmissores, como a serotonina e dopamina, por exemplo, que são substâncias utilizadas para a transmissão de informações de uma célula nervosa para outra.

Este desequilíbrio surgido, por conta da diminuição da produção dessas substâncias, é fatal para o funcionamento do cérebro.

Por causar problemas químicos e estruturais no cérebro, a DA provoca uma desconexão de áreas do sistema nervoso que, por necessidade, trabalham conjuntamente.

Cerca de 10% das pessoas com mais de 70 anos de idade apresentam problemas relativos à memória e mais das metade deles têm como causa a DA.

A forma tardia da DA , que é a mais comum, se desenvolve em pessoas com mais de sessenta anos e parece não apresentar tanta relação familiar, ou seja, as pessoas da mesma família, têm menor chance de desenvolver a DA. Isso pode ser explicado por questões genéticas, provavelmente.

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