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sexta-feira, 8 de junho de 2007

Células curingas combatem flacidez

As mesmas células responsáveis pelos bíceps maiores e pelo abdômen bem definido dos praticantes de musculação podem um dia se transformar numa espécie de elixir contra flacidez.

A promessa de uma terapia celular para manter as pessoas fortes à medida que envelhecem surgiu com a identificação de uma espécie de célula-tronco curinga nos músculos. Tal grupo de células é capaz de se adaptar às necessidades do organismo e poderia também ser usada em tratamentos para doenças como distrofias musculares.As células curingas estão na última edição
da revista "Cell", uma das publicações científicas mais importantes do mundo. Elas foram identificadas por pesquisadores do Instituto de Pesquisa em Saúde de Ottawa, no Canadá.

Trata-se de um tipo de célula-tronco que poderia ser empregado de forma geral contra a degeneração muscular, da simples flacidez a doenças graves. O estudo abre caminho também para transplantes de músculos.Um novo conceito dos músculos Os cientistas foram liderados por Michael Rudnicki e verificaram que um grupo chamado tecnicamente de células satélites pode se comportar de forma muito versátil.

Até agora se pensava que elas apenas originavam células musculares associadas ao ganho de massa. De fato, cerca de 90% delas são destinadas a originar células de músculos. Mas 10% mantêm características mais essenciais, normalmente atribuídas a células-tronco.— Estamos convencidos de que elas poderiam mesmo gerar outros tecidos, como ossos e gordura. Ainda precisamos comprovar essa hipótese, porém — disse Rudnicki.

Mas ele e seu grupo já sabem que quando as célulastronco satélites são injetadas em músculos, podem restaurar sua capacidade de regeneração e ganho de massa.— Isso muda completamente a concepção sobre o tecido muscular — observou o pesquisador canadense.

As fibras musculares esqueléticas são células longas e tubulares.As fibras são cercadas por colágeno e glicoproteínas.As células satélites são encontradas justamente entre essa camada de colágeno e proteínas.Elas foram identificadas nos anos 60, mas sempre se achou que sua função era somente cuidar das fibras esqueléticas.As curingas se mantêm adormecidas pela maior parte do tempo. Mas podem ser despertadas pela musculação ou por lesões. O novo estudo sugere que elas também se regeneram e têm uma capacidade de restauração muito maior do que a estimada.

Busca por genes na luta contra doenças O estudo foi realizado com camundongos, mas os pesquisadores dizem que seres humanos têm os mesmos grupos de células. Eles querem agora identificar os genes que ativam essas células. Uma possibilidade de combater doenças musculares seria estimular esses genes a trabalhar.

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