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sábado, 13 de fevereiro de 2016

Alguns detalhes sobre a Dengue


A dengue é uma enfermidade causada por um vírus que pode hospedar-se no homem, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o qual tem quatro tipos imunológicos, DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, que podem produzir viremias (derramamentos de vírus no sangue), provocando a doença que tem cerca de sete dias de duração. Sobretudo nos meses de verão, a dengue pode assumir proporções alarmantes, constituindo verdadeiras epidemias. A infecção por cada um desses vírus confere imunidade total e permanente para o mesmo tipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. Existe uma forma hemorrágica da doença, mais grave e que pode, inclusive, levar à morte.

Durante o período de incubação da doença, de três a quinze dias após a picada do mosquito, a pessoa fica assintomática. Depois que o vírus se espalha pelo sangue, os sintomas começam, sendo no início bem inespecíficos: febre alta, mal-estar, inapetência, dores de cabeça e nos olhos e dores musculares muito incômodas. Durante alguns dias (5 a 7) a pessoa sente um mal-estar muito grande. No caso da dengue hemorrágica, podem ocorrer sangramentos das gengivas, do nariz ou de outros órgãos, inclusive hemorragias internas e coagulação do sangue no interior dos vasos, provocando enfartes potencialmente mortais. Pode ocorrer ainda hepatite, choque, petéquias (manchas vermelhas na pele) e dores agudas nas costas. A forma hemorrágica pode ocorrer quando a pessoa, já imune a um determinado tipo da dengue, é infectada por outro tipo diferente de vírus.

Não existe tratamento específico para dengue, apenas tratamentos que aliviam os sintomas, mas eles são muito importantes, para aliviar o desconforto do paciente e mesmo evitar a morte. O grande mal-estar impõe um repouso obrigatório, o que ajuda o organismo a combater o vírus. O paciente deve ingerir grande quantidade de líquidos como água, sucos, chás, soros caseiros, etc, para evitar a desidratação. Os sintomas podem ser tratados com antitérmicos como a dipirona ou o paracetamol. Em nenhuma hipótese devem ser usados medicamentos à base de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios, devido à ação antiagregante plaquetária que eles têm, a qual pode aumentar o risco de hemorragias.

O mesmo tratamento pode ser aplicado também à doença causada pelo Zika vírus e à febre Chikungunya, também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. No caso de pacientes hipertensos, com insuficiência cardíaca ou que estejam com crise de asma ou diabetes descompensada, o tratamento deve ser feito em um hospital, mesmo que não se trate de dengue hemorrágica, em virtude da possibilidade de complicações. O tratamento da dengue hemorrágica deve sempre ser hospitalar, feito com o uso de soro na veia e medicamentos para interromper a hemorragia e aumentar o número de plaquetas. Além disso, se o paciente perder muito sangue pode ser necessário usar máscaras de oxigênio ou fazer transfusão de sangue.

No hospital devem ainda ser feitos repetidos e frequentes exames de sangue para acompanhar a evolução do quadro clínico do paciente. Normalmente, a diminuição da febre e alívio da dor no corpo são sinais de melhora da dengue e surgem, geralmente, em até oito dias após o início dos sintomas. Por outro lado, o surgimento de vômitos, de dores abdominais muito fortes, de palidez e de pintinhas na pele são sinais de piora.

A principal complicação da dengue é o desenvolvimento de hemorragias. Nas crianças, pode haver desidratação grave e convulsões. A doença também pode afetar o fígado, causando hepatite. Em casos raros, pode chegar a ser necessário um transplante de fígado.

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