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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Imonuologia e Emoções




Pessoas deprimidas estão mais sujeitas à infecções das mais variadas naturezas: herpes, enterocolites, erisipelas, infecções urinárias, ginecológicas e assim por diante. Relacionar a Imunologia com a Psiquiatria tem sido fácil, atraente e extremamente didático. Parece, simbolicamente, que o termo "Depressão" não se restringe ao psíquico e, holisticamente, envolve todo o organismo através da "depressão imunológica".

Há uma variedade de evidências para o relacionamento recíproco entre Sistema Psicoemocional e vários componentes do Sistema Imunológico, justificando o agravamento e/ou desencadeamento de uma série de doenças físicas por razões emocionais.

A reciprocidade entre o Sistema Nervoso Central e o Sistema Imunológico estimula o desenvolvimento de uma nova e interessante área médica; a Psiconeuroimunologia.

Os tópicos de estudo da Psiconeuroimunologia seriam as perturbações de um sistema que se refletem no outro e vice-versa. E, de fato, faz muito sentido que estes dois sistemas sejam fortemente integrados, pois ambos são responsáveis pelo relacionamento do organismo com o mundo externo, ambos avaliam se os elementos da realidade externa à pessoa são inócuos ou perigosos, ambos servem à defesa e adaptação, ambos possuem memória e aprendem pela experiência, ambos contribuem para o equilíbrio do ser no mundo e consigo próprio.

Como reforço a esta analogia, podemos citar ainda que os erros nesses dois sistemas podem produzir doenças; por um lado, as doenças imunológicas, auto-imunes, alergias e a vulnerabilidade a toda sorte de infecções e, por outro lado, as fobias, pânico, transtornos adaptativos e por estresse.

Desde 1984 Blalock se referia ao Sistema Imunológico como uma espécie de "sexto sentido" orgânico, remetendo informações do ambiente e acessíveis aos cinco sentidos ao cérebro. Para ele, as evidência da interação entre Sistema Imunológico e elementos do Sistema Nervoso Central (SNC) incluem:

1- As alterações psicológicas que ocorrem no início e no curso das doenças infecciosas e cancerígenas, bem como nas alergias e doenças autoimunes;
2- As evidentes influências dos hormônios do estresse (cortisol e adrenalina) na imunidade;
3- Os constatados efeitos dos neurotransmissores e neuropeptídeos na imunidade;
4- Os muitos efeitos experimentais do estresse na imunidade dos animais e dos humanos;
5- Os efeitos de drogas psicoativas sobre a imunidade;
6- A correlação das diferenças psicológicas individuais com as diferenças na imunidade individual;
7- A ocorrência de anormalidades imunológicas em doenças psicoemocionais, como por exemplo na depressão, no estresse e na esquizofrenia.

A sabedoria antiga já tinha sólido conhecimento da integração corpo-mente. Aristóteles disse que a "psique (alma) e corpo reagem complementariamente uma com outro, em meu entender. Uma mudança no estado da psique produz uma mudança na estrutura de corpo, e à inversa, uma mudança na estrutura de corpo produz uma mudança na estrutura da psique".

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