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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Leucemias




A leucemia é um câncer que afeta a medula óssea, produtora de glóbulos sanguíneos, afetando as células brancas do sangue. As células anormais jovens passam a ser produzidas em tal profusão e com tal velocidade que podem suprimir a produção de células normais.

Há dois tipos clínicos de leucemias, conforme as linhagens de glóbulos brancos afetados, as linfoides e as mieloides.

As leucemias linfoides afetam as células da medula óssea que originam linfócitos. São chamadas de leucemia linfoide, linfocítica ou linfoblástica.

As leucemias mieloides afetam as células que dão origem às plaquetas, eritrócitos e outros elementos figurados do sangue. São chamadas mieloide ou mieloblástica.

Qualquer uma das duas pode ser aguda, caracterizada pela rápida proliferação de células imaturas do sangue e com quadro clínico que se agrava rapidamente, ou crônica, na qual os sintomas são brandos e vão se agravando gradualmente.

A leucemia linfocítica aguda é mais comum nas crianças e a leucemia linfocítica crônica ocorre mais depois dos 55 anos. Já a leucemia mieloide crônica é mais comum em adulto e a mieloide aguda pode acometer tanto adultos, como crianças.

A causa das leucemias ainda não é totalmente conhecida e talvez cada tipo da doença possua sua própria causa. Na verdade, sabe-se de alguns fatores que parecem estar ligados à etiologia ou ao desencadeamento delas, dentre os quais estão a herança genética, a contaminação por certos tipos de vírus, a radiação, a poluição e o tratamento quimioterápico, dentre outros.


Os sintomas das leucemias são extremamente variáveis. Suas manifestações são dependentes da infiltração nos tecidos do organismo (amígdalas, linfonodos, pele, baço, rins, sistema nervoso, etc.) de células sanguíneas imaturas e a ocupação por elas da medula óssea, o que pode causar:

• Uma síndrome anêmica (por diminuição das hemácias).
• Uma síndrome hemorrágica (em virtude de uma trombocitopenia).
• Uma síndrome leucopênica (diminuição de leucócitos normais).

Os sintomas experimentados pelo indivíduo serão, então, em graus e associações variáveis, os próprios de cada uma dessas síndromes.


O médico (clínico geral, pediatra, hematologista, geriatra) fará uma história clínica e o exame físico que podem ser sugestivos de uma primeira suspeita. O hemograma pode reforçar essa suspeita.

O mielograma, um exame das células da medula óssea, extraídas preferencialmente do osso ilíaco ou do esterno, é muito importante para determinar a forma das células e proceder ao exame citoquímico delas.

Uma punção lombar pode ser feita tanto para análise do líquor, quanto para introdução de quimioterapia. Pode-se proceder também à pesquisa de alguns marcadores de superfície das células imaturas. Alguns exames de imagem (radiografia e tomografia computadorizada) também podem ajudar no diagnóstico.


O tratamento das leucemias tem o objetivo de destruir as células neoplásicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. Isso é feito através de medicamentos quimioterápicos e, eventualmente, radioterapia.

Deve se feito o controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e a prevenção ou combate à afetação do sistema nervoso central. Durante o tratamento o paciente recebe frequentes transfusões de hemácias e plaquetas. Mesmo depois de normalizada a contagem de células, o tratamento deve continuar por um ou dois anos para destruir completamente as células anormais residuais. Em alguns casos, um transplante de medula é necessário.

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