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quinta-feira, 19 de junho de 2008

H. pilori: um bandido escondido em seu aparelho digetivo!




H. pilori é o nome de uma bactéria com a qual convivemos e que pode gerar graves problemas para a saúde humana. Ela é agente causador de câncer de estômago, por exemplo, e é responsável por despesas enormes para sua erradicação em um longo tratamento para seu portador adoecido.

O tratamento, já conhecido por muitas pessoas, consiste em tomar doses altas de antibióticos em período relativamente curto, com o objetivo de erradicá-lo do estêomago. Entretanto, já temos tido casos de resistência ao tratamento, isto é, o micróbio não está respondendo adequadamente aos medicamentos.

Segundo uma metanálise de dados de um estudo, em pacientes não tratados anteriormente, a terapia seqüencial com inibidor da bomba de prótons (destes medicamentos para estômago, do tipo Omeprazol) e antibióticos é melhor na erradicação da infecção por Helicobacter pylori do que a terapia tradicional, que consiste em administrar essas medicações de uma vez.

A terapia tradicional consiste em um curso de 7, 10 ou 14 dias de um tratamento com três drogas: inibidor da bomba de prótons, claritromicina e amoxacilina ou um imidazol. Infelizmente, essa terapia não é capaz de erradicar a H. pylori em quase um quarto dos pacientes. A falha no tratamento é considerada como derivada de um aumento nas cepas de H. pylori resistentes à claritromicina ou imidazol.

A terapia seqüencial parece melhorar a eficácia da claritromicina, tratando os pacientes com amoxacilina e um inibidor da bomba de próton por cinco dias. A teoria é que, por danificar a parede celular microbiana, a amoxacilina previne o desenvolvimento dos canais de efluxo de drogas que poderia remover a claritromicina. Em seguida, um segundo tratamento de cinco dias de claritromicina adicionado a um inibidor da bomba de prótons e outro antibiótico é administrado.

Vemos que há uma explicação técnica para outra proposta de tratamento, que foge um pouco, aliás, da necessidade de entendimento do leigo. De qualquer modo, não podemos esquecer de recursos que existem para auxiliar neste tipo de terapia, independentes dos medicamentos, como por exemplo o cuidado com a higiene bucal, já que a região da boca armazena grande número de micróbios que podem ser responsáveis por variadas doenças, dentre elas, a sinusite, aftas de repetição, estomatites, gengivites, doença peri-odontal, endocardite bacteriana, pneumonia.

O estômago não foge do bombardeio das bactérias e elas ficam ali, na boca, aguardando a oportunidade de invadir os demais órgãos (como o próprio estômago) para causar doenças. Na boca ficam, também, colônias de H. pilori esperando. Em um momento qualquer, numa baixa de resistência, ele migra de região e vai lá provocar um probleminha novo.

Outros micróbios que habitam a boca podem ser também agentes de quadros dos mais variados, como já citado. Portanto, cuidar da higiene bucal é essencial para o equilíbrio da saúde. Vá ao dentista, cuide de seus dentes e da sua saúde bucal, para auxiliar em sua saúde global.

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