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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Língua presa


A língua presa, também chamada de anquiloglossia ou anciloglossia, é uma situação que acontece quando o frênulo, pequena membrana que prende a língua ao assoalho da boca, conhecida popularmente como “freio da língua”, é menor do que o normal, prendendo a língua ao assoalho da boca e impedindo que ela se movimente livremente.

O problema é congênito, mas não se conhece as razões porque alguns bebês nascem com esse problema. Ele tanto ocorre em linhagens familiares, como em bebês sem histórico de língua presa na família.

O problema atinge mais os bebês do sexo masculino que do sexo feminino. Quando o “freio” chega até muito próximo à ponta da língua, esta pode parecer bifurcada ou apresentar-se em forma de coração. No entanto, se estiver ligado à parte de trás da língua, pode deixá-la com uma aparência normal.

Cerca de 10% dos bebês nascem com algum grau de língua presa, mas somente uma metade dessas crianças apresenta comprometimento significativo da fala. Grande parte dos bebês que nascem com a língua presa não apresenta outros sinais ou sintomas, mas em alguns casos raros pode haver também outras alterações na face ou na boca, como uma fenda palatina, por exemplo.

Algumas crianças com língua presa podem apresentar problemas para sugar o leite materno, espaçamento incomum entre os dentes inferiores da frente, problemas na fala e problemas pessoais ou sociais relacionados, como o “bullying”. A língua presa gera dificuldades na pronúncia de algumas palavras, geralmente as que levam as letras "R" e "L".

Com o bebê, pode acontecer dele não conseguir abocanhar o seio materno, mordendo-o, causando dor à mãe além de não conseguir alimentar-se adequadamente. Assim, o processo de amamentação torna-se incômodo para ambos os participantes e, como consequência, leva a um déficit no desenvolvimento do bebê.

O problema da língua presa pode ser diagnosticado por meio de um exame físico. Em bebês e em crianças maiores ele pode ser constatado pela simples observação de sua aparência e pela inabilidade de movimentação adequada da língua. Um freio curto “amarra” a ponta da língua ao assoalho da boca, motivando dificuldades ou impossibilitando a colocação da língua para fora da boca, depois dos dentes da frente, ou levantá-la até os dentes superiores ou até o “céu da boca”.

Se, apesar do problema, o bebê está se alimentando bem, é possível esperar para ver se há reversão com o passar do tempo. Mas se o bebê tem dificuldade para sugar, pode ser feita uma incisão no freio da língua (frenotomia). Muitas vezes, é possível tratar a língua presa unicamente através da execução de exercícios fonoaudiólogos. Quando é necessária uma intervenção cirúrgica, trata-se de um procedimento muito simples, feito em consultório, com anestesia local e que deve ser seguido de um trabalho com o fonoaudiólogo. Muitas vezes, nem mesmo são necessários pontos.

A língua presa pode afetar a forma como o bebê come, fala e engole e pode levar a problemas de amamentação, dificuldades de fala, de higiene bucal e de realizar outras atividades orais.

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