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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Linfangiomas


Os linfangiomas, também denominados higromas císticos, são malformações linfáticas que resultam num tumor benigno. A rede vascular linfática está disseminada em todo o organismo, para coletar o fluido acumulado entre as células. Há três tipos dе linfangiomas: linfangiomas simples (capilares), linfangiomas cavernosos (boca) e linfangiomas císticos (pescoço е axila).

Não se conhece exatamente as causas dos linfangiomas, mas sabe-se que são congênitos. A incidência deles é de cerca de um para cada 10.000 nascimentos e são mais comuns em indivíduos do sexo masculino que do sexo feminino, sendo normalmente detectados ао nascer ou nа infância.

O sistema linfático é responsável pela coleta do excesso de fluidos dos tecidos que são encaminhados, por meio de numerosos pequenos vasos, de volta para o sistema venoso.

Quando ocorre uma anomalia no sistema linfático verifica-se um acúmulo exacerbado dentro dos vasos linfáticos, o que resulta numa dilatação deles na região comprometida e esse fluido fica estacionado, podendo sofrer uma infecção.

Os linfangiomas se apresentam sob a forma de cistos preenchidos por linfa е às vezes também contendo sangue.

Podem ser microcistos, macrocistos ou mistos, superficiais ou profundos, especialmente os localizados no pescoço, embora possam afetar qualquer órgão ou tecido do corpo. Nessa região cefálica podem causar deformidades, disfagia, disartria, disfonia e favorecer infecções recorrentes.

As alterações causadas pelos linfangiomas provocam fluxo lento e acúmulo da linfa, com edema subsequente e um processo de inflamação denominado linfangite.

Os linfangiomas superficiais podem ser detectados clinicamente, por meio da consulta médica que levante o histórico do paciente e as características físicas das lesões.

Os linfangiomas profundos podem exigir exames de imagens, como a ultrassonografia, a ressonância magnética, a angiorressonância e a angiotomografia.

Assim, verificam a presença das formações císticas, a extensão e a profundidade delas, bem como demonstram outras características morfológicas das estruturas afetadas.

O tratamento dos linfangiomas pode envolver injeção intralesional (dentro da lesão), guiada por ultrassom, de medicamentos para provocar a esclerose dos cistos.

Com o advento desses medicamentos, a cirurgia praticada anteriormente perdeu espaço, mas ainda é indicada para a remoção de lesões sólidas, após o tratamento esclerosante. Nem sempre há a possibilidade da ressecção completa das lesões, por elas apresentarem caráter infiltrativo.

Não há como prevenir os linfangiomas.

Quase sempre a evolução dos linfangiomas é lenta, mas a resolução espontânea é rara. A intervenção terapêutica é recomendada quando os linfangiomas causam deformidades e há recorrência de episódios de linfangite.

A remoção dos linfangiomas pode gerar sequelas permanentes, estéticas ou funcionais.

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