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quarta-feira, 5 de março de 2014

Micoses de pele


A pitiríase versicolor, popularmente chamada de “pano branco” ou “micose de praia” é uma micose (infecção fúngica) crônica que afeta a camada superficial da pele, causada por um fungo saprófita que vive normalmente na pele humana.

A doença existe em todo o mundo, mas é prevalente nos trópicos e nas regiões de climas temperados.

A maioria dos casos ocorre em adultos jovens e afeta igualmente ambos os sexos e todas as raças.

Ela não é uma enfermidade contagiosa e, geralmente, hábitos precários de higiene não são um fator de risco para a enfermidade.

O distúrbio de pigmentação é causado por um fungo chamado Malassezia furfur, que é o agente etiológico da pitiríase versicolor.

Ele é uma levedura (fungo, bolor) lipofílica (dependente de lipídios para o seu metabolismo).

Algumas condições ainda pouco determinadas aumentam a presença do fungo e, assim, dos sintomas.

A pitiríase versicolor normalmente é assintomática.

Em alguns casos pode haver um ligeiro prurido quando a pele se aquece ou transpira. Caracteriza-se por alterações da pigmentação cutânea, dando origem a pequenas manchas recobertas por uma fina camada descamativa, que variam do branco ao alaranjado e marrom, razão da sua classificação como "versicolor".

A Malassezia furfur tem preferência pela pele oleosa e procura os locais de maior secreção de gorduras, como tronco, pescoço, couro cabeludo, rosto e conduto auditivo externo.

As lesões descamativas nem sempre são perceptíveis, mas podem aumentar e coalescer (confluírem).

Elas podem variar de hipopigmentação da pele (manchas mais claras que a pele normal) à hiperpigmentação (manchas mais escuras que a pele normal).

São mais facilmente notadas após exposição aos raios solares, porque a ação do sol ativa a atuação do micro-organismo sobre o processo de pigmentação da pele.

A pele afetada por ele não se bronzeia normalmente com os raios solares, como o restante da pele.

Talvez por isso, a enfermidade manifeste-se principalmente no verão e na primavera.

O diagnóstico da pitiríase versicolor é feito principalmente pela observação do aspecto clínico das lesões e pode ser confirmado pelo exame micológico direto (raspagem cutânea das lesões).

Como esse exame direto tem alto grau de confiabilidade, a cultura para fungos raramente é necessária.

Um diagnóstico diferencial deve ser feito com outras entidades que também provocam despigmentação cutânea, como o vitiligo, a pitiríase alba e a hanseníase em sua forma indeterminada.

Há vários tratamentos disponíveis com taxas elevadas de cura, porém as recorrências são frequentes.

O tratamento é feito com antifúngicos tópicos (sabonetes, xampus, loções, sprays ou cremes) e/ou sistêmicos (comprimidos).

O tratamento deve ser feito o quanto antes, porque caso ele se inicie tardiamente as possibilidades de se reverter o quadro são menores.

Normalmente, a pitiríase versicolor responde bem aos tratamentos e se cura.

Como é causada por um fungo que habita normalmente a pele, é possível que a pitiríase versicolor volte a aparecer, mesmo depois de um tratamento bem sucedido.

Por isso, às vezes faz-se necessário um tratamento de manutenção que deve ser prescrito por um médico.

Como prevenir a pitiríase versicolor?

•Usar buchas vegetais sobre o corpo, para promover a remoção mecânica dos fungos.

•Usar sabonetes esfoliantes e cremes antifúngicos.

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