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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Hipertensão pulmonar


O sangue venoso, rico em gás carbônico, chega da periferia do corpo à metade direita do coração, de onde é bombeado para os pulmões, para que seja feita a troca desse gás pelo oxigênio.

O sangue oxigenado então chega à metade esquerda do coração e daí é novamente bombeado para a periferia do corpo, completando a circulação.

Hipertensão pulmonar é o aumento da pressão na árvore vascular pulmonar, situada entre as metades direita e esquerda do coração, devido a um conjunto de alterações que dificultam a passagem do sangue por ela.

Normalmente, a pressão sanguínea nos vasos pulmonares é baixa quando comparada à pressão arterial sistêmica e quase metade do sangue de uma pessoa é mantida nos vasos pulmonares.

Na hipertensão pulmonar, por alguma razão, o sangue não consegue fluir bem pelos pulmões, aumentando a pressão que fazem nos vasos sanguíneos, sobrecarregando a metade direita do coração, que tem de fazer cada vez mais força para impulsioná-lo adiante.

Existem várias causas de hipertensão pulmonar, mas o elemento comum a todas elas é algum tipo de dificuldade de circulação do sangue pelos pulmões, geralmente causada por algum tipo de estreitamento vascular.

Muitas situações clínicas podem fazer com que a pressão do sangue dentro dos pulmões esteja aumentada.

Elas podem ser causadas por doenças autoimunes, defeitos no coração já ao nascimento, embolia pulmonar, HIV, insuficiência cardíaca congestiva, doenças das válvulas cardíacas, fibrose pulmonar, apneia do sono, esquistossomose e anemia falciforme, entre outras causas.

Em algumas pessoas não se consegue identificar a causa da doença e, então, ela costuma ser chamada de hipertensão pulmonar primária e as outras de hipertensão pulmonar secundária.

Quais são os principais sinais e sintomas da hipertensão pulmonar?

Com o tempo, o lado direito do coração, submetido a um trabalho maior que o comum, aumenta de tamanho e o fluxo de sangue que chega aos pulmões para ser oxigenado já não é suficiente às necessidades orgânicas.

Surge uma insuficiência cardíaca envolvendo o lado direito do coração, gerando uma condição denominada cor pulmonale.

Os principais sintomas da hipertensão pulmonar são: cansaço, que piora com o tempo, fraqueza, falta de ar, desmaios, inchaço dos tornozelos e pernas, lábios cianóticos (azulados), dor ou pressão no peito, geralmente na frente do tórax.

Os sinais mais ostensivos são: sons anormais no coração, sopro cardíaco do lado direito do coração, veias do pescoço ingurgitadas (maiores que o normal), inchaço nas pernas, no fígado e no baço.

Pessoas com hipertensão pulmonar costumam relatar que seus sintomas são oscilantes e que têm dias bons e dias ruins.

Muitas vezes o diagnóstico da hipertensão pulmonar é feito no curso da investigação de sintomas como cansaço ou falta de ar inexplicável.

O ecocardiograma ajuda muito no diagnóstico da hipertensão pulmonar, que também pode produzir alterações mais ou menos típicas na radiografia de tórax, na tomografia computadorizada do tórax, no eletrocardiograma, nos testes de funcionamento dos pulmões, na arteriografia pulmonar e nos exames de sangue.

Casos mais severos podem exigir um cateterismo da artéria pulmonar.

Em geral, não há cura para a hipertensão pulmonar de longa duração, mas algumas vezes a sua causa pode ser removida como, por exemplo, na apneia obstrutiva do sono, em certas condições pulmonares e nos distúrbios de válvulas cardíacas.

O primeiro objetivo do tratamento é prevenir danos aos pulmões. Algumas situações exigem anticoagulantes, diuréticos, vasodilatadores e medicamentos que ajudam o coração a trabalhar melhor.

Em casos extremos, um transplante de pulmão pode ser necessário.

Nem todo aumento da pressão intrapulmonar significa uma doença grave e muitas vezes reverte-se espontaneamente.

A asma e outras doenças pulmonares podem causar sintomas semelhantes à hipertensão pulmonar e devem ser descartadas.

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