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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Insuficiência Renal Crônica


A insuficiência renal crônica é a perda lenta e irreversível da capacidade dos rins para remover os resíduos excretáveis e o excesso de água do organismo.

Ela é a principal e potencialmente mais grave das doenças renais crônicas.

Estabelece-se um período de três meses de duração para diferenciá-la da insuficiência renal aguda, que pode ser revertida.

As três causas mais comuns de insuficiência renal crônica são o diabetes mellitus, a pressão arterial elevada e as glomerulonefrites, mas muitas outras doenças podem levar ao mesmo resultado, como problemas das artérias que irrigam os rins, o rim policístico, substâncias químicas tóxicas, doenças autoimunes, cálculos e infecções renais, etc.

Ela se agrava lentamente com o tempo, mas pode ser assintomática durante muito tempo.

Muitas vezes ela só se manifesta quando o tecido renal que resta íntegro é apenas metade do normal e a terapêutica de substituição renal só se faz necessária se o tecido renal diminui a 10-15% do seu total.

Ao final da evolução ela leva à falência renal absoluta e o paciente necessita de diálise ou de um transplante renal.

A insuficiência renal crônica produz uma acumulação de líquidos e resíduos nocivos ao organismo e afeta a maioria das funções orgânicas.

Os sintomas podem incluir mal-estar geral, fadiga, prurido generalizado, pele seca, dores de cabeça, perda de peso e de apetite e náuseas.

Nos casos mais graves pode aparecer também descoloração da pele, dor nos ossos, sonolência, confusão mental, fraqueza geral, dormência nas mãos e nos pés, espasmos musculares ou cãibras, mau hálito, aparecimento de vários sangramentos, sede excessiva, amenorreia, edemas nos tornozelos e ao redor dos olhos e vômitos.

O histórico de saúde desses pacientes deve levantar a história clínica da doença, suas possíveis causas e evolução. O diagnóstico da insuficiência renal crônica pode ser feito por meio de exames de sangue e de urina.

Ao exame físico o médico constatará a presença de hipertensão arterial e poderá ouvir ruídos anormais no coração ou nos pulmões.

A pesquisa de suas causas pode ser feita pela tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassonografia, arteriografia ou cintilografia.

Casos especiais podem requerer biópsia renal.

O nível de funcionamento dos rins pode ser verificado pela dosagem no sangue da ureia, da creatinina, do nitrogênio ureico e da depuração de creatinina.

A insuficiência renal crônica altera a concentração sanguínea de vários elementos, como sódio, potássio, albumina, fósforo, cálcio, colesterol, magnésio e eletrólitos, os quais devem ser checados regularmente, pelo menos a cada dois ou três meses.

Ela também afeta os resultados do hemograma completo, da eritropoietina, do hormônio da paratireoide (PTH) e do exame de densidade óssea.

A análise da urina (urinálise) geralmente mostra a presença de proteínas ou outras alterações.

Esta é uma condição irreversível.

As medidas terapêuticas incluirão medicamentos que ajudem a impedir que os níveis de fósforo fiquem muito altos, tratamento para anemia, suplementos de cálcio e vitamina D e transfusões de sangue.

Além disso, pode ser necessário limitar os líquidos, observar uma dieta baixa em proteína com redução de sal, potássio e outros eletrólitos e tratar sintomaticamente outras repercussões da doença.

Quando a perda da função renal se torna muito grande é necessária a diálise e um eventual transplante renal.

Mesmo os pacientes que são candidatos a um transplante renal precisam de diálise até que um rim esteja disponível.

Não há cura para a insuficiência renal crônica e geralmente ela evolui para a falência renal total.

Os tratamentos recomendados, que devem durar toda a vida, podem controlar ou retardar a evolução da doença.

A medida crucial para evitar ou retardar danos renais é manter controlada a pressão arterial.

Também é muito importante para os diabéticos controlar os níveis de açúcar no sangue.

Outros meios de proteger os rins são: não fumar, evitar refeições gordurosas, fazer exercícios regulares, manter a glicemia dentro de níveis normais.

Em geral a insuficiência renal crônica se faz acompanhar de graves complicações, entre as quais anemia, hemorragias, alterações da glicemia, demência, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, distúrbios metabólicos, convulsões etc.

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