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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Diabetes


O diabetes melito é uma síndrome decorrente da falta de produção de insulina e/ou da incapacidade de que ela exerça adequadamente seus desejáveis efeitos metabólicos.

Caracteriza-se por hiperglicemia, alterações no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, além de complicações crônicas microvasculares, macrovasculares e neurológicas.

É, atualmente, um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo!

Sua prevalência é de 5 a 10% da população mundial e no Brasil gira em torno de 7,5%, de acordo com o Ministério da Saúde.

Ela está relacionada com a influência da rápida alteração de hábitos alimentares, com a adoção comum de dietas riquíssimas em açúcares e gorduras, sedentarismo e obesidade.

Uma característica interessante é seu longo curso, o que a transforma em uma enfermidade degenerativa com graves complicações, gerando doenças cardiovasculares, que são a maior causa de mortalidade em todo o Planeta!

Observa-se em estudos que as mulheres apresentam risco de morte por eventos cardiovasculares até 7 vezes e meia maiores que os homens e as mulheres não diabéticas.

O diabetes, aparentemente, atua como fator potencializador e acelerador do desenvolvimento de enfermidades cardiovasculares e seu tratamento deve compreender seu controle metabólico, com a manuntenção dos níveis glicêmicos o mais próximo possível da normalidade e, também, redução do risco cardiovascular, através do acompanhamento da hipertensão arterial, das alterações do colesterol e triglicérides, além da redução da obesidade.

Mas, o próprio controle do diabetes, através dos variados medicamentos utilizados, além da insulinoterapia, quando não acompanhado dos demais controles é insuficiente para poupar pacientes de complicações crônicas já citadas.

Trocando em miúdos: não adianta só cuidar da glicemia!

É fundamental cuidar dos demais fatores metabólicos paralelos ao diabetes!

Vamos considerar os quatro tipos principais de diabetes, a saber: Diabetes tipo 1, Diabetes tipo 2, Diabetes gestacional e Outros tipos.

A maior frequência fica por conta do Diabetes tipo 2!

O tipo 1 é "de nascença".

Cerca de 85% da populaçào portadora do tipo 2 é de obesos, sendo, inicialmente uma expressão do diabetes pouco sintomática, quer dizer, o diabético portador deste tipo de diabetes não apresenta sintomatologia rica e isso é ainda mais danoso, pois não há consciência de seu próprio quadro e, portanto, não há correção alimentar e tampouco medicação.

Seu diagnóstico precoce, como seria desejável, em função da pobreza de sinais clínicos, não é fácil, pois pode manter-se assintomático por vários anos.

Por questão de precaução é indicado fazer glicemia de jejum anualmente nos dias atuais, na perspectiva de obter diagnóstico e reduzir riscos para a saúde.

Em indivíduos com fatores de risco, como antecedentes familiares de diabetes, obesidade, alterações de colesterol ou triglicérides, hipertensão arterial, diabetes gestacional, uso de hiperglicemiantes (cortisol, beta-bloqueadores, diuréticos tiazídicos) ou intolerância prévia à glicose deve-se encurtar esse intervalo entre os exames, seguindo as orientações da Sociedade Brasileira de Diabetes.

A glicemia de jejum é o método para avaliação mais simples e mais econômico para o diagnóestico de diabetes.

Podemos agregar a dosagem da hemoglobina glicada, para certificar mais adequadamente a existência do diabetes.

Os critérios da OMS de 1980 exigem a aplicação e interpretação do teste de tolerância à glicose, bem mais complexo, mas sinceramente, nem sempre necessário...

Os valores considerados normais para a interpretação da existência da enfermidade são:

Glicemia de jejum em paciente considerado normal: abaixo de 110 mg/dL;

Glicemia de jejum em paciente com intolerância à glicose previamente conhecida: maior que 110 e menor que 126 mg/dL são valores considerados normais;

Glicemia aleatória (sem jejum) não pós-prandial (quer dizer, não imediatamente após uma refeição): abaixo de 110 mg/dL.

Há outros dados, em outras circunstâncias, mas de modo geral esses dados são os fundamentais para que o leigo possa se entender com relação à enfermidade.

Importante: observar sempre a postura diante da vida, com relação à alimentação, atividade física e acompanhamento clínico, com o objetivo de reduzir riscos e até mesmo evitar a enfermidade; algo que seria viável se houvesse uma postura mais sensata diante das exigências da vida moderna!

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