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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Crise convulsiva febril


Convulsões durante episódios febris na infância são relativamente comuns (2 a 5% das crianças até cinco anos de idade) e, embora assuste muito os adultos (o familiar em geral pensa que a criança está morrendo), na maior parte das vezes são acontecimentos benignos, sem repercussões clínicas significativas. Nem todas as crianças sofrem convulsões, mesmo com febre muito alta.

Em alguns casos, ao contrário, as convulsões ocorrem assim que a temperatura começa a subir, antes mesmo que os pais notem que a criança tem febre.

Fatores genéticos parecem atuar como predisponentes da convulsão febril infantil. Quando não há problemas neurológicos associados elas tendem a desaparecer com o crescimento da criança, após cinco ou seis anos de idade.

Em resumo, ela é uma crise epilética desencadeada por febre, mas em sua forma simples não deve ser classificada como epilepsia.

Desse conceito simples, contudo, devem ser excluídas as crianças que já apresentavam convulsões previamente, na ausência de febre.

Em geral, as convulsões febris são convulsões tônico-clônicas generalizadas, na qual há fortes contrações de todo o corpo, mais notadas nos braços e nas pernas e que se acompanham de perda da consciência, que é o sintoma que mais assusta aos que assistem as crises.

Esse tipo de convulsão é de curta duração (dura menos que 15 minutos).

Embora assustadoras, as convulsões febris habitualmente não representam risco de vida nem deixam sequelas neurológicas posteriores.

O fato de a criança ter tido um acesso convulsivo durante um episódio febril não significa necessariamente que ela terá novas convulsões nas febres seguintes.

Existem diversos tipos de crises convulsivas.

A crise convulsiva febril é uma crise tônico-clônica generalizada, na qual ocorrem alternadamente contrações e relaxamentos musculares rítmicos de todo o corpo, mais visíveis nos membros inferiores e superiores; com perda súbita da consciência; dificuldade de deglutir, com acúmulo de saliva na boca e a baba consequente e despertar lento e meio confuso. No despertar pode haver uma leve apneia (demora em retomar a respiração), o que é normal.

O primeiro cuidado deve ser dirigido a assistir à criança. Não adianta chamar o médico ou qualquer serviço de emergência médica; a convulsão cessará antes da chegada do socorro. Mantenha a calma: apesar de ser desagradável e assustadora, a convulsão geralmente não representa risco para a criança, que se recuperará dela espontaneamente. Afaste da criança qualquer objeto que possa feri-la.

•Coloque a criança deitada num lugar seguro e amplo, no qual ela possa se debater sem riscos;

•Afrouxe as roupas da criança;

•Proteja a cabeça da criança com as mãos ou um travesseiro para que ela não bata contra o chão e vire a cabeça para um dos lados ou deite a criança de lado, para evitar que ela aspire saliva;

•Limpe as secreções da criança com um lenço ou outro pano, para que ela respire livremente;

•Não se deve procurar imobilizar a criança, impedindo seus movimentos, nem colocá-la no colo ou sacudi-la, porque isso pode gerar falta de ar;

•Nunca coloque os dedos na boca da criança porque ela pode feri-los, involuntariamente;

•Após a convulsão a criança pode estar sonolenta e desejar dormir. Isso é normal. Permita que a criança repouse ou durma depois da crise;

•Não dê nada de comer ou beber ou qualquer medicamento até que a criança esteja bem desperta porque, devido à dificuldade de engolir, ela pode engasgar-se.

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