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terça-feira, 23 de julho de 2013

Linfonodo Sentinela: o que é isso?


Dá-se o nome de linfonodo sentinela ao primeiro linfonodo (gânglio linfático) a receber células malignas oriundas de um tumor canceroso primário através da circulação linfática.

Ele constitui a primeira barreira defensiva do organismo contra o espalhamento do câncer (contra as metástases) e só depois dele outros linfonodos são afetados.

Mas como pode acontecer que os linfonodos não dêem conta cabal de sua missão defensiva no organismo, algumas células malignas podem escapar e se alojar em órgãos à distância.

As condições em que o linfonodo sentinela é encontrado indicam, com alto grau de precisão, o estado em que se encontram os outros linfonodos da região (axilar, inguinal etc.), mas mesmo um resultado negativo deles não exclui a possibilidade de metástases posteriores, embora isso seja mais raro.

A indicação maior da retirada do linfonodo sentinela faz-se nos casos de câncer de mama e para os raríssimos casos de carcinoma de células de Merkel (células que se localizam na camada basal da epiderme, onde estão ligadas a terminais nervosos da pele).

Sua utilização em outros tipos de câncer ainda é experimental.

O linfonodo sentinela orienta o médico quanto à direção da drenagem linfática do tumor e o estado em que se encontra, sugerindo ou não a retirada dos demais gânglios regionais.

Um dos métodos de identificar o linfonodo sentinela é por meio de um exame feito antes da cirurgia de retirada do tumor, chamado linfocintilografia, no qual uma substância radioativa é injetada na derme horas antes da operação, em regiões escolhidas de acordo com a localização do tumor.

Essa substância é absorvida pelas células cancerosas, gerando imagens que são captadas por uma sonda especial da radiação gama (geralmente um aparelho portátil que possui uma sonda de detecção e sistema de registro digital), permitindo, assim, a avaliação do exame pelo cirurgião.

Em casos de câncer da mama, o outro método consiste na injeção de um corante azul na região da aréola mamária minutos antes do procedimento cirúrgico, o qual é captado pelo linfonodo sentinela. Então o cirurgião procura na axila o linfonodo corado com esse azul e procede à retirada do mesmo.

Ambos os métodos apresentam bons resultados e poucas complicações.

Com o uso de substância radioativa, não é necessário nenhum preparo prévio para o exame; nem mesmo jejum ou suspensão de eventuais medicações que a paciente esteja tomando. Para realizar-se o exame, deve-se fazer a antissepsia do local da injeção com álcool e depois da injeção massagear bem o local. As injeções na pele podem provocar dor e ardência leves no local.

Após a localização do linfonodo sentinela, a projeção dele na pele será demarcada com uma caneta especial no intuito de facilitar a sua localização pelo cirurgião.

Durante a cirurgia de retirada do tumor, o linfonodo acusado como de maior captação (linfonodo sentinela) também é retirado, através de uma pequena incisão na pele e examinado por um patologista durante a operação. Se o linfonodo estiver livre de células tumorais o procedimento termina aí.

No caso de mostrar metástases, os demais linfonodos da região comprometida devem também ser retirados.

Depois da cirurgia, o linfonodo sentinela deve ser submetido a um exame histopatológico (avaliação ao microscópio) mais aprofundado, para detecção de células metastáticas e determinação do tipo delas.

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