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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Frigidez




"Doutor, meu problema é a frigidez. O que o senhor me recomenda?" Essa questão, colocada de maneira tão simples, tem sido um dos maiores desafios à ginecologia e à psiquiatria. Trata-se de uma confissão, mais que uma queixa médica, geralmente acompanhada de sentimentos de frustração, vergonha, mágoa e constrangimento. Seria como se a parte psíquica que desperta o interesse pelo sexo estivesse morta ou desligada.

Por uma questão acadêmica a Frigidez deve ser diferenciada a falta de orgasmo feminino. Muitas mulheres que não conseguem experimentar orgasmo continuam tendo prazer e interesse sexual. Para abordar o tema de forma mais propriada, convém tomarmos a questão dos problemas sexuais femininos, todos eles, sob a forma de Disfunção Sexual Feminina.

Na absoluta maioria dos casos, o desinteresse pelo sexo está ligado a fatores psicológicos ou sociais, sendo um dos mais freqüentes determinantes a monotonia conjugal. Também a educação que se recebeu, a falta de diálogo entre os parceiros, as práticas sexuais pouco gratificantes e até a resistência em inovar acabam minando o relacionamento e facilitam o desinteresse. O próprio fato de envelhecer e as dificuldades do cotidiano também podem interferir na satisfação sexual.

Embora muitas pacientes nem precisam consultar o especialista para saber que são frígidas, fazer um diagnóstico correto é importante. Na grande maioria das vezes o problema tem origem emocional e, entre eles, o problema é com o parceiro. Mas, infelizmente, é o próprio parceiro que não aceita essa parcela de culpa e vive a "obrigar" a mulher a procurar um tratamento, geralmente, milagroso. Não deixe de ver a segunda parte, sobre os problemas sexuais do casal.

Apesar de mais rara, a falta de desejo pode estar ligada a problemas orgânicos, como por exemplo, alterações hormonais, debilidade física por conta de doenças e até mesmo pelo uso incorreto de medicamentos.
Os transtornos da função sexual, em ambos os sexos, estão ligados a problemas em fases específicas do ciclo de resposta sexual. As fases de resposta sexual são 4:

- Desejo
- Excitação
- Orgasmo
- Resolução

Para o diagnóstico de disfunção sexual feminina, é necessário que as manifestações sejam recorrentes ou persistentes. É também importante reconhecer se as manifestações são primárias ou secundárias a outras condições, e subdividi-Ias em situacionais ou generalizadas, e em adquiridas ou perenes. Também é fundamental ter em mente que existe considerável superposição entre diferentes subdiagnósticos.

A disfunção sexual feminina é, portanto, diagnóstico sindrômico, queengloba:

- Transtorno do desejo sexual hipoativo (HSDD) o Dispareunia
- Transtorno de excitação sexual
- Vaginismo
- Transtorno de aversão sexual
- Manifestações associadas à depressão ou a condições clínicas
- Manifestações iatrogênicas ou induzidas por substâncias

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